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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Chanel, aparência e auto estima

Já faz um tempo que me libertei dos artifícios. Do salto alto, das maquiagens, do consumo excessivo em nome da estética e da beleza. Não gasto mais com roupas da moda, não me sacrifico dentro de roupas justas, nem faço muita questão de seguir tendências. Hoje me identifico muito mais com a minha natureza, apesar de continuar achando meu nariz enorme, nunca fiz plásticas, não tenho o hábito de freqüentar salão de beleza regularmente, tenho preferido sandálias rasteiras a um salto alto. E sabes o melhor? Tenho me sentido muito bem desta forma.
Claro que reconheço que uma produção casualmente tem seu valor.

Pois hoje assisti um filme que há tempos queria assistir e adorei: Coco antes de Chanel. O filme conta a história de Coco Chanel, a fundadora da marca que leva seu sobrenome. Coco, que na verdade se chama Gabrielle, foi uma grande pioneira. Foi ela quem nos libertou dos espartilhos, ela que tirou as plumas dos chapéus e trocou saias e vestidos por calças para poder andar a cavalo. Enquanto todas a as mulheres de sua época se sacrificavam dentro de vestidos pomposos, espartilhos apertados, andavam de saltos e equilibravam chapéus enormes que Coco chamava de “merengues” na cabeça, ela usava cores mais sóbrias e camisas brancas, calças, acompanhada de pequenos chapéus e sapatos baixos.

Eu penso exatamente assim. A beleza não se limita apenas ao que se vê do lado de fora. Claro que não precisamos sair desleixadas, mas tenho certeza que ninguém precisa viver em uma ditadura. E eu não to falando de ninguém além de mim e de ti e de tantas outras mulheres próximas a nós. A ditaduta é bem conhecida de todas nós, por exemplo sacrificar os pés em um salto 12 para ir a uma festa ou não sobreviver sem secador e chapinha. Pensar que auto estima é estar montada se equilibrando em cima de um salto é literalmente um belo engano. Auto estima tem a ver com segurança e auto confiança e não com aparência.

Não somos fabricadas em série, logo não precisamos usar os mesmos cabelos longos, nem os mesmos tons de batom, nem o mesmo modelo de roupa. Não seremos menos elegantes se estivermos de sapatos baixos e tampouco menos femininas se tivermos seios pequenos e uma bunda parecida com a do Bob Esponja.
O que faz de nós mulheres mais especiais é a nossa personalidade, nossa atitude e a identidade pessoal que damos aos nossos detalhes. Isso faz a diferença. Talvez não sejamos Coco Chanel do século XXI mas podemos ser Nicoles, Julianas, Marias e Marianas, donas da nossa própria marca, única e exclusiva. Pessoais e intransferíveis.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Pra que poupar coração?

Eu sempre acreditei que a liberdade é o complemento do amor. É possível ser feliz sem viver em uma gaiola. Estar perto não é pré requisito para estar junto.
Ficar junto de verdade não é prender a ave na gaiola, é voar lado a lado. Ficar junto de verdade não é manter o peixe no aquário, é nadar junto com ele.
Sentimento não conhece fronteira e coração não entende de geografia. Quando se gosta de verdade tem que sair das linhas que delimitam nosso mundinho particular e se arriscar a voar mais longe.

Difícil não é gostar de alguém. Difícil é confiar. Ter em quem confiar é raro e precioso. Difícil é ter coragem de fazer com que o coração fale mais alto que a razão. Difícil é fazer com que o caminhão da ansiedade não nos atropele. Difícil é deixar que as coisas fluam, como um rio de águas calmas.

E se ao invés da fuga houvesse a tentativa de ficar? Se ao invés da dúvida houver a clareza do diálogo? E se ao invés de pensar em uma maneira de sair sem que ninguém seja lesionado se buscasse uma maneira de ser feliz junto?
Nós ainda não sabemos para onde vão as oportunidades que deixamos passar. E talvez seja por isso que dizemos não. Cada oportunidade que perdemos é como se criasse um pouco de ferrugem naqueles botõezinhos responsáveis pelas luzes coloridas, pela magia, pelo brilho, pelo friozinho na barriga e por todos os efeitos especiais das nossas vidas.

As vezes a gente se contenta com o morno e fica com receio de aumentar a temperatura. Morno não traz calor a vida de ninguém. Andar em cima do muro não leva ninguém a lado nenhum. É preciso pular de lá de cima e correr o risco de se machucar, a ferida da tentativa não é mais forte que a tormenta da duvida. É preciso apostar. É necessário tentar, mas de verdade, para não poupar coração, para não conter a emoção e nem esconder sentimentos. Tem que se entregar, mergulhar, desvendar, sentir as dores e as delicias de viver uma história ao lado de alguém, principalmente quando nós melhor do que ninguém sabemos o quão especial aquela pessoa é.


Ah, eu não sei para onde vão as oportunidades que perdemos, mas certamente alguém mais preparado ou simplesmente mais corajoso que nós pode passar de mãos dadas com ela na nossa frente com um sorriso estampado no rosto e ambos gozando de plena satisfação.
Poupar coração talvez sirva para isso!



domingo, 14 de agosto de 2011

INCONDICIONAL








Eu sempre quis entender por que o amor que eu sinto por ti é tão diferente dos meus outros amores.
Desconfio que seja pelo fato de tu ter sido um dos primeiros a apoiar minha vinda enquanto minha mãe sozinha encarava o desafio da minha chegada. Eu não lembro quando foi a primeira vez que eu te vi, mas acho que desde sempre meu coração sentiu a tua presença. Tu certamente deve ter me alimentado, me confortado no calor dos teus braços, me feito dormir, me viu chorando e ajudou a me educar. Uma das cenas mais gostosas da minha infância é quando eu saia da minha caminha, atravessava a casa arrastando meu cobertor para deitar na cama no meio de vocês e depois te fazer massagem antes de tu levantar. Tu colocava o disco do carequinha e cantava comigo, aliás tu sempre me fez rir. Tu colocava um jasmim dentro do auto para ele ficar perfumado. Tu foi o entusiasta de uma das decisões mais inteligentes que eu tomei na minha vida: ser colorada! Tu me viu com todas as caras e cabelos que eu já tive. Me viu chorando para ir ao dentista. Me viu desdentada e continuou me achando linda! Tu me levou na escola, me buscou milhares de vezes. Tu viajava e aquelas semanas em que estavas ausente pareciam anos. Tu me ensinou que saudade não mata, mas bem que judia. Teve uma páscoa que tu não esteve presente, mas na semana seguinte ouvi a campainha tocar e quando abri a porta tinha um cartaz de coelho enorme adivinha quem estava escondido atrás dele? Sim, tu! Com um coelhinho cor de rosa de presente e uma deliciosa barra de chocolates! Inesquecível!

Tu me socorria dos tombos, das aranhas, das hemorragias nasais, das palmadas da vó e dos “tabefes” da mãe. A única vez que tu brigou comigo foi quando eu cuspi as sementes da maçã no teu prato. Tu sempre fez com que eu me sentisse protegida!
Tu me deu a mão para atravessarmos a rua e eu te vi dando um “duplo twist carpado” por cima daquele Fiat 147 que vinha de ré. E me vi irada com aquele irresponsável que havia te atropelado. Como fiel companheira me vi inúmeras tardes na oficina do Fiat.
Tu sempre me surpreendeu. Tuas trilhas sonoras e teu sotaque porteño me levaram a paixão pela língua espanhola e pela latinidade. Compartilhamos o apreço por uma boa sobremesa e um bom prato de feijão com farofa! Foi de ti que herdei o bom senso de direção e o prazer em viajar!


Tu já reparou como tu conquista as pessoas a tua volta? Tu tem uma energia tão boa e um carisma tão grande que cativas todo mundo. Tem gente que já gosta de ti mesmo sem te conhecer. Teu senso de humor e tua alegria me contagiam.
Os anos se passaram e não sou mais a guriazinha que atravessa a casa arrastando o cobertor pelo corredor. Mas eu sigo aqui, ao teu lado como sempre estive. Já não contesto mais tuas ideias e travessuras. Já não moramos mais na mesma casa. Já não moramos mais na mesma cidade. Já nos despedimos de pessoas importantes mas ainda temos muitas outras por aqui. Hoje somos mais do que nunca Batman e Robin, eternos companheiros de histórias e vivências.

Tu és a minha prioridade. Tu és o mentor da minha gula. Tu és a minha escola de esperança, fé, de presença de espírito, de generosidade e de humor. Tu é o melhor presente que deos me deu. Tenho muito orgulho de ser tua descendente. És parte importante da minha vida, e minha vida não teria o mesmo sentido sem a tua existência. Ao teu lado me sinto um ser humano mais nobre, ser neta é um dos papeis que desempenho com mais dedicação.
Eu te amo é pouco, o que eu sinto por ti e o que tu representa para mim ainda não tem nome!

Onde quer que estejamos sempre estaremos juntos, lembra sempre disso vovô!



Escrito entre sorrisos e lágrimas de gratidão em homenagem ao amor incondicional materializado em forma de avô!




quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Elas Mudaram




Extra! Extra! Extra!
Eles nos ganharam! Uma recente pesquisa realizada por um site de relacionamentos comprovou que atualmente os homens estão mais românticos que as mulheres. E não é só isso, enquanto 43% das mulheres querem ser mães, 58% dos homens querem ser pais. Choquei! Na verdade choquei e “deschoquei”. Comecei a realizar as perguntas da enquete comigo mesma e cheguei a uma conclusão…


O resto do texto esta no blog da Festamorfose, LEIA AQUI o texto Elas Mudaram: http://www.festamorfose.com.br/blog/?p=2336