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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Mensagem de ano novo!

Mais uma vez chegamos ao final do ano e como de costume começamos com nossos desejos e promessas para o ano que se iniciará.

Na verdade o ano novo é um álibi perfeito para a renovação dos desejos que não nos encorajamos a realizar. Desejamos melhorar de vida, iniciar uma rotina mais saudável, fazer uma viagem, perder peso, trocar de carro, de casa, de emprego. Acumulamos os projetos para o ano seguinte da mesma maneira que prometemos que na segunda feira vamos começar a dieta.

Somos habituados a desejar, mais do que a realizar. E nossos desejos costumam ser acompanhados de especificações, o que tarda ainda mais a sua concretização.
Sabe aquela frase que diz: cuidado com o que desejas pois seus pedidos poderão ser alcançados?
Então, de que forma você está se preparando para alcança-los?

Desejas um trabalho melhor. Mas você está se qualificando?
Desejas uma viagem ao exterior. Mas já começou a juntar dinheiro?
Desejas um amor para a vida inteira. Mas você já aprendeu a se amar primeiro?

Estes são só alguns exemplos de uma extensa lista daquelas coisas que desejamos e, só. Desejos e sonhos são muito mais que discurso de ano novo.   Os sonhos são importantes. Nos movem. Mas os sonhos não devem ser eternos. Sonhos devem ser acompanhados de objetivos para que se tornem fatos. Desejos não são coisas que devem ficar estagnadas e reveladas em datas de renovação. O ano é que se renova e, nos dá mais 365 presentes para realizarmos aquilo que ontem chamávamos de planos para o futuro.

Mova-se!

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Marrocos - Casablanca




Um sol de rachar no final do mês de setembro, assim era o clima quando chegamos em CasaBlanca, Marrocos. Todas as pessoas que conheço que já haviam passado por lá relatavam más experiências em termos de assédio e "tudo pelo seu dinheiro". Então, três amigas e eu já saímos prevenidas. Tentamos ir o mais cobertas possível para não expormos "a figura" e não chamarmos tanto atenção. Mas, nosso sacrifício foi quase em vão. Ao colocarmos o pé para fora do porto começaram a chover ofertas de táxis, cada um com um valor e um motorista mais insistente que o outro. Elegemos um que nos levou para um pequeno tur nos dois lugares que mais nos interessavam conhecer: uma mesquista e a medina.

E lá fomos nós para a importante e imponente mesquita para uma sessão de fotos na área externa já que não somos muçulmanas e não podemos entrar (há horários específicos para visitação).




 Saindo de lá nosso motorista de olho no nosso dinheirinho queria nos levar para comprar tapetes, óleo de argam e outros produtos típicos marroquinos. Fomos curtas e grossas diante de tamanha insistência, e fomos a medina. Depois de muito argumentar, lá estávamos nós, expondo a figura em meio de mil lojinhas de suvenirs, artesanatos, roupas e vestes típicas, bem como de produtos falsificados de marcas famosas.



A fome e a sede foram aumentando e naquele lugar de limpeza duvidosa não havia onde comer. Encontramos um café onde literalmente só poderiamos consumir cafés, chás e sucos. Nada, nadinha para comer. Até que passou por nós um senhor carregando uma bandejinha contendo vinagrete, pão, suco de limão e algo que estava coberto mas, com um cheiro delicioso. Sem opção de onde comer e, com muita fome seguimos o senhor. Ele não falava uma palavra de inglês, mas compreendia alguma coisa em francês e, fizemos ele nos levar até a fonte da comida cheirosa. E lá fomos nós, pelas ruas estreitas da medina, dobra aqui, sobe alí, anda mais um pouquinho, sobe uma escada estreita e tadãããam! Chegamos a cozinha do Sr. Mustafá. Tudo bem pequeno, bem simples e bem longe de estar limpo. Ele serve trabalhadores da medina em um mini restaurante improvisado na sua própria casa. E é lá no terraço que ele prepara o famoso tangine marroquino em panelinhas artesanais de barro.

Tudo o que tinha de feio o lugar, tinha de simpatia o senhor Mustafá que nos serviu exatamente o que havíamos visto na bandejinha e mais um delicioso chá de menta, sem açúcar, para atender ao nosso pedido.





Será que preciso dizer quem é o Mustafá? O senhor querido que não tem o hábito de tirar retratos é que foi o nosso guia e ao centro minha amada amiga e companheira de aventuras, Camila!

O almoço no terraço do Senhor Mustafá foi uma das experiências mais bacanas dos últimos tempos. A simplicidade do local e a experiência de sermos muito bem acolhidas, na casa de nativos daquele país de cultura exótica, onde a mulher não tem voz, nem vez. E saírmos de lá alimentadas, não só do estômago, mas a alma também, foi sem dúvida uma experiência irretocável. Leve sua coragem ao Marrocos!