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quarta-feira, 14 de junho de 2017

O amor não...


O amor não vai querer transformar você em alguém que você não é, mas vai dar motivos para ser quem você sempre gostaria.
O amor não reclama, se ocupa de ver o lado bom, dar boas risadas, o amor também é humor.
O amor não vai marcar hora para um jantar, ele vai fazer você perder a noção do tempo, em qualquer circunstância que estiverem juntos.
O amor não vai indagar os seus defeitos, ele só irá potencializar as suas qualidades.
O amor não duvida dos teus sonhos, ele vai querer participar das suas realizações.
O amor não diz: não vai. O amor diz: vamos!
O amor não está preocupado se você come carne ou bebe cerveja, ele pouco se importa com os ingredientes, o importante é ter você para compartilhar a refeição.
O amor não te obriga a fazer algo que você não queira, o amor respeita as suas vontades e as vezes, até de dispõe a realizar algumas tarefas junto.
O amor não vai deslizar as suas mãos por dentro da calça, ele vai fazer você perceber que é muito mais que sexo.
O amor não vai questionar a sua profissão, ele vai te incentivar a ser e fazer o que você achar que deve.
O amor não altera a voz, não desrespeita, ele sabe o poder do diálogo e do entendimento.
O amor não está preocupado se você ligou ou não no dia seguinte, ele é presente, mesmo quando ausente.
O amor não foge da sua família, ele manda mensagem para sua mãe agradecendo por ter estado na casa dela.
O amor não esconde a família dele, ele faz questão que todos participem deste novo momento.
O amor não sente ciúmes, ele sabe a importância do lugar em que ele se encontra e respeita seu passado.
O amor não precisa de outdoors, ele transborda onde tem que transbordar.
O amor não é pessimista, ele torce por você, te ajuda a ser e estar melhor, te incentiva, te entusiasma, te põe pra cima.
O amor não é fogo de palha, ele é lento e constante.
O amor não tem vergonha, ele dança no tapete da sala, fala de qualquer assunto, perdoa as pantufas e a cara inchada.
O amor não deixa dúvidas, ele mostra para que veio, causa taquicardia e ao mesmo tempo, deixa tudo em paz.
O amor não está na angustia, nem no desinteresse, nem nas desculpas, nem no sumiço, nem no desrespeito, nem no vácuo, nem no bolo, nem nas mentiras, nem nas coisas feitas de forma escondida, nem na pressa, nem... isso tudo é mediocridade. Todos nós passamos por uma fase assim. O importante é que esta seja só uma passagem, de aprendizado, para que estarmos fortes e preparados antes de receber algo maior. Um dia o amor chega e mostra que tudo aquilo que "deu de errado" valeu a pena ter sido vivido.
Nicole Nazer 2016 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Qual será o defeito?

Por que em um mundo de tantas decepções afetivas, ainda há quem encontre motivos para acreditar no amor?

A resposta talvez esteja na consciência, de que não existem pessoas perfeitas.
Ter defeitos faz parte da natureza humana. Alguns de nós temos características tão marcantes, que logo de cara já se revelam. Outros, tem seus detalhes nas entrelinhas, escondidos entre receios ou timidez. A verdade é que ninguém consegue ser, o tempo inteiro, algo que não é de fato
Quando conhecemos pessoas novas, com tantas descrenças na bagagem, há uma pergunta que insiste em permanecer: qual será o defeito?
Nosso esporte inconsciente favorito é criar fantasias e projetá-las sobre os outros, transformando-os em seres dotados de características, que exitem somente no nosso imaginário. Não fomentemos as expectativas, mas encaremos a realidade!
Eu tenho defeitos, você também. E se neste mundo houver alguém perfeito, provavelmente deve habitar outro plano. Passa o dia entre os acordes de sua arpa e momentos relaxantes sobre as nuvens.
Voltando a realidade. É possível escolher os defeitos que vamos encarar. As experiências ajudam e a tolerância também. Por exemplo: Ele é maravilhoso, mas escreve mais ao invés de mas. Calma, isso tem salvação, umas dicas de português podem salvar o pretendente. Ela tem características incríveis, mas é vegana e eu não vivo sem churrasco. Isso é simples de resolver, basta um não ficar querendo catequizar o outro para mudar o cardápio. Não descarte ninguém pelas diferenças, mas busque compreender as razões do outro agir ou pensar daquele modo.

Ah, e sem essa de querer fazer o outro feliz. Menos ainda de pensar que a felicidade depende do outro. Hora de entender que felicidade não é coisa que se terceiriza! Ela é uma construção a dois, neste caso, você e ela. Com o outro se divide, soma, multiplica e até transborda, de felicidade. A existência da felicidade não deve depender nunca da presença de outra pessoa

Então, de mente e coração abertos e conscientes, que tal pensar assim: me dá a mão aqui e vamos em frente juntos! Diante de tantas imperfeições, é ao teu lado que quero seguir em frente. É ao seu lado que quero crescer e aprender a ser alguém melhor.

Para aqueles que trouxeram para 2017, o desejo de encontrar alguém para compartilhar a vida, os dias e até redescobrir o amor. Desejo um pouco mais de consciência, olhos atentos as suas principais características e empatia. Calcule seu nível de tolerância e tenha consciência, de que o amor é o que supera as diferenças.

domingo, 15 de maio de 2016

Doidas, Santas, Cinzas e Eu

Há poucos dias atrás, minha mãe e eu fomos assistir Doidas e Santas, uma peça com texto da Martha Medeiros e um elenco promissor.
Chegando lá, as primeiras cenas me deixaram em dúvida se aquele texto era realmente da Martha. Piadas clichês e longe de uma comédia inteligente. Aquele papo antigo de celulite, mulheres falam demais, além do “sangram sete dias e não morrem”. As cenas estavam tão desinteressantes que por dois ou dez minutos cochilei na poltrona.

Despertei alguns minutos depois em um momento novo na peça, onde a protagonista tinha um diálogo com sua mãe, que lhe contava sobre como gostaria que fosse a sua morte.
“Natal, aniversários são datas que já não tem mais novidades, a morte pra mim é um evento inédito e estou sonhando com ele.”
A mãe pedia a filha que fosse cremada e que ela e a irmã fizessem uma pequena peregrinação, revisitando lugares para que suas cinzas fossem jogadas onde ela foi mais feliz. Obviamente fiz o mesmo questionamento. Quais seriam os lugares onde seriam jogadas as minhas cinzas? Eram os lugares em que me senti mais feliz!

Queria parte das minhas cinzas no mar da praia mole, em noite de lua cheia. Mas não uma lua qualquer, tinha que ser aquela que nasce mais baixa e dourada. Outra parte jogada de um paraquedas na hora do pôr do sol, pois foi essa a hora em que saltei. Também ia uma pequena parte para os fjords noruegueses. Preferencialmente em uma cachoeira em Geiranger.  Uma pequena porcentagem tem que seguir as tradições da minha tão amada India, lá no Ganges. Dizem os hindus que este é um ritual sagrado. Então quero parte de mim eternizada lá, entre o a o divino e a poluição. Outra parte em Porto Alegre, não, eu não gosto mais dela. Mas foi ela que deu parte dos melhores amigos que já fiz na vida. Pode ser no café do Lago da Redenção, onde badalei várias noites de domingo com as amigas e fui ver as tartarugas com os sobrinhos e meus pais. Quero outra parte de mim no himalaia. Lá é onde eu vi o céu mais estrelado de toda minha existência e onde comi malai kofta, um sabor que eu nunca vou esquecer. Mas quero que minhas cinzas sejam jogadas durante um passeio de moto pelas montanhas. Lembro da sensação de êxtase que senti no dia em que fiz este passeio, tinha vento balançando meus cabelos, tinha ar puro, cachoeiras, uma vista inscritível e uma sensação de liberdade jamais sentida.
Só peço que sobre uma pequena porção de mim para ser jogada, deixada ou, escondida em um arranjo de flores, de um altar ao ar livre, do casamento de pessoas que se amam muito. Eu nasci para celebrar o amor e quero que parte de mim, simbolicamente, continue a celebrar.


E você? Quais tem sido os lugares fazem você se sentir mais feliz?

sexta-feira, 4 de março de 2016

Sobre amor e outras preguiças



Estava conversando com uma amiga e ela perguntou se eu estava trabalhando, eu disse que sim, estava tendo o trabalho de ler e escrever sobre histórias de amor da vida real. Comentei o quanto reacende a minha fé na humanidade ler as entrevistas que recebo dos meus clientes. E ela, romântica, assim como eu comentou:

Amiga: “Sabe o que eu acho amiga, que hoje em dia as pessoas tem preguiça de conquistar e manter um relacionamento.”

Eu: “É pode ser, preguiça de manter. Mas quem encara muitas vezes se dá bem.”

Se entregar a uma relação é como subir a montanha. Mesmo sabendo que lá no topo tem a vista mais incrível do mundo, encarar a subida e todos os obstáculos do percurso, as vezes, pode ser desanimador.

Tem coisas na vida que se não encararmos na marra vamos passar pela vida sem termos feito. É sempre mais fácil viver uma relação informal e casual, do que assumirmos e começar tudo novo, de novo. Mas e a delícia de ter alguém para compartilhar a vida?
Alguém para pequenos devaneios sob e sobre os lençóis. E a conchinha no frio? (sou do sul, aqui temos mais este apelo) A vida é ainda mais incrível quando abrimos a geladeira e vimos que o outro trouxe do mercado nossa bebida favorita. E os cafés da manhã são mais saborosos quando, entre uma colherada e outra de iogurte, ganha-se um beijo.

Mas, a vida real, especialmente de quem já passou dos trinta, não funciona exatamente assim. É tanto medo, tanta má experiência segurando as rédeas. É tanto impedimento. E tanta ferida pra curar. Que tudo é motivo para por o pé no freio. Por outro lado a pressa do  relógio biológico, fazendo com que promovamos companheiros desinteressados e despreparados.
Na faixa etária que eu imaginada que as pessoas já estariam mais maduras, o que vemos não é exatamente maturidade. Mas sim, os medos promovendo as informalidades e as relações cada vez mais liquidas.

Passei por um longo período solteira, passei por todas as fases da solteirice e o melhor delas foi quando aprendi a ser feliz comigo mesma. Mas, nenhum período da solteirice foi mais gostoso do que ter alguém ao lado para compartilhar o vamos!

Vamos ficar embaixo das cobertas assistindo filmes? Vamos!
Vamos colocar a nossa música e dançar no tapete da sala? Vamos!
Vamos para uma praia diferente e depois para uma cachoeira e depois pausa para o café? Vamos!
Vamos fazer uma viagem sem destino? Vamos!
Vamos adotar um animal de estimação? Vamos compartilhar os dias mais de perto? Vamos tentar ser felizes sem medo? Vamos deixar a preguiça de lado, usar um pouco de amnésia para esquecer do passado e ser feliz enquanto é tempo?

Vamos! Vamos! Vamos!



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Feedback

Ela, loura, olhos verdes, traços delicados, sorriso lindo, e, quando você pensa que para por ai eu conto que ela é letrada, viajada, vegetariana, inteligente, integra, humorada, elegante, charmosa e recentemente solteira. Em uma das primeiras saídas, para espairecer nas pistas de dança, reencontra um ex colega. Ele elegante, cabelos despenteados, sorriso no rosto, pele bronzeada, barba há dias em atraso, quem sabe até possuidor de outros atributos que não pude perceber entre as luzes pisca pisca da pista.

Ele vendo-a pela primeira vez solteira diz: "Sempre vi tuas fotos, tão linda, e pensava que um dia ia dar uns beijos em você!"

Ela, no alto de todos os seus atributos, e acima de tudo, sua sinceridade, disse: "Você é muito querido, muito bonitinho, MAS PRECISA MELHORAR MAIS SUA ABORDAGEM!"

Na hora, chorei de rir, da ousadia e da coragem que ela teve ao fazer o que todos nós devíamos ter o hábito de fazer: coragem, de verbalizar o que sente!

Não seria tão mais fácil e mais digno, se, ao invés de nos escondermos atrás das nossas interpretações, tivéssemos um papo reto?

Ao invés de deixar o outro esperando por aquele próximo encontro, que nunca mais vai acontecer, falássemos para o dito cujo que não vai rolar porque "você sentiu que estava se apegando, e, em tempos de OLX se apegar não está na moda!"

Ou então, ao invés de provocar desejos que não serão saciados falássemos: "Olha, só estou querendo inflar meu ego, afinal, sou comprometido!"

Achou demais? Ta bom, talvez tenha sido pesado mesmo. Então que tal lembrar as qualidades do outro e dar só aquele toque, para uma melhor abordagem no futuro. Seres humanos não são perfeitos, mas a sinceridade pode ajudar a torna-los mais interessantes. Em tristes tempos de amores líquidos, que tal fazermos deles um pouco mais sinceros, vá que solidifique?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Sobre completar 30 anos!

Como uma tipica criança capricorniana eu so-nha-va com uma festa de aniversário com quórum. Depois comecei a sonhar com a festa de quinze. Depois dos quinze, passei a entender que ser capricorniano e ter uma super festa de anevessário eram duas coisas difíceis de encaixar na mesma situação. Daí passei a sonhar com a festa de 30! Sim, porque na adolescência ter trinta anos é uma coisa muuuito distante. O tema da festa seria 2x15. Eu imaginava todos os meus amigos em uma noite com toda a pompa que a circunstância merece. E eu ia surgir toda diva, recheando um bistido dourado, tipo embalagem de Ferreiro Rocher, sendo conduzida por algum colírio da Capricho. Ia dançar tango com meu avô, uma coreô da Spice com as minhas melhores amigas e todos iamos nos fartar de tudo o que uma celebração merece. Bom, se isso fosse desenho animado este seria o momento em que a nuvem das ideias se desfaz de cima da minha cabeça e volto para a vida real.

A vida real tem uma mulher, com o mesmo jeito de moleca de quinze anos atrás. E que costuma plagiar Raul na hora de definir que tem uma maluquez misturada com lucidez. Por falta de planejamento adequado, ou puro trauma de infância, não haverá festa de 2x15, nem de 30. E daí veio a reflexão (ela seeempre vem). Mais importante que ter amigos para a noite pomposa 0800, é ter amigos. E quanto a isso, é só agradecimento. São muitos, são de lugares, culturas, fases e ideias distintas. São preciosos. E além de fazer novos amigos, soube conservar os velhos. O segredo é ter o respeito, a lealdade e o bom humor a frente de qualquer circunstância. O desejo de ser diva foi um surto, já passou. O vestido a la Ferrero Rocher foi substituído pelo desejo de "luz divina" para iluminar a lamparina do juízo, as atitudes e os caminhos que serão percorridos. O colírio da Capricho, bom, quanto a ele, poderia ser Javier Barden, Richard Gere ou, pensando bem, uma cirurgia corretiva da miopia também seria ótimo. Meus colírios já estão idosos! Bom, quanto ao desejo de dançar tango, com ou sem o vovô de par ainda está de pé, bem como a coreô com azamigas. Quem sabe isso não aconteça?

Antes dos trinta muuuuita coisa inacreditável aconteceu e tive dias tãooo, mas tão plenos que se papai do céu quisesse ter me levado, enquanto eu pulava de euforia ao ver uma estrela cadente ou, quando sentia o vento balançando meus cabelos nas montanhas do himalaia eu teria dito: "- Ó baby me leeeeva." Tamanha a satisfação de viver que senti naqueles momentos. Mas ele não me levou, pelo contrário, me encheu ainda mais de vitalidade. Então, para a nova década que se inicia, eu agradeço por tudo o que já vivi, já aprendi, por todos que passam pela minha vida me trazendo algum aprendizado e principalmente pelos que nela permanecem. Desejo estar em um caminho de evolução, ainda que a passos lentos. Que eu seja sempre um instrumento de paz e bem. E que a força maior que rege o universo, me mantenha rodeada de amor, me dê saúde para seguir em frente, coragem para realizar, sabedoria para crescer com consciência, disciplina e inspiração para continuar trabalhando e realizando! O resto todo eu já tenho! (não, pera, quero inserir um amor para ficar velhinho junto, a realização da maternidade, o fortalecimento da profissão, as missões ao redor do mundo e uma casinha no mato, agora sim, desejos completos!)