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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tchibum!

Recentemente fiz alguns resgates em minha memória de algumas das incontáveis histórias que protagonizei na infância.
Um delas deve ter acontecido no verão de 91 nas piscinas no Caiçara Piscina Tênis Clube da minha querida cidade natal.
Eu era uma péssima nadadora, minhas irmãs freqüentavam assiduamente a piscina adulta enquanto eu ensaiava mergulhos na piscina infantil. Meu mergulho era assim: gritava “ manheee, vou mergulhar” caso eu me afogasse alguém ia estar atento para me resgatar. Após o aviso sonoro e tampava o nariz com a mão direita e enfiava rosto na água, quando sentia que a metade dele já tinha sido imersa retirava rapidamente o rosto da água e com a mão esquerda já ia tirando o excesso de água dos olhos, localizava a mãe de volta e mais uma vez gritava: “Viiiiu mãããe, mergulhei”!

Preocupados com minha precária intimidade com a piscina meus pais me matricularam na natação. E lá fomos minha irmã mais velha que no alto dos seus 8 anos já era excelente nadadora e eu. Não lembro quanto tempo de aula tivemos, mas lembro da intimidade que criei com as argolas que tinham na borda da piscina. Minha irmã saltava na parte funda, descia no escorregador, mergulhava com o corpo inteiro dentro d água e o mais incrível, sem tampar o nariz. Enquanto eu ficava na borda olhando de longe a evolução dos coleguinhas e morrendo de medo de me soltar, não “dar pé” e me afogar. No dia da formatura da natação lembro que meu pai foi lá conferir de perto o resultado do investimento. Minha irmã foi uma das melhores da turma, mas aposto que ele deve ter ficado muito orgulhoso de mim, pois fui a ÚNICA tartaruga da turma! Enquanto as outras crianças eram peixinhos, tubarões e sereias eu era a tartaruga. Por este motivo durante um bom tempo fui alvo de piadas na família.

Passado o episódio da natação voltei a piscina e um tempo depois passei a freqüentar a piscina dos adultos com um lindo par de bóias! Eram duas horas dentro d’água tentando seguir minhas irmãs em suas incríveis façanhas aquáticas. E como água dá fome era meia hora entre nega maluca, suco de uva natural e os pasteizinhos da vó. Minha avó fazia o melhor pastel de carne do mundo. Do tempo que eu comia carne e fritura. Após o lanche era uma hora de espera para voltar a água. E nunca se passava essa uma hora. Triste era ver as amiguinhas chamando para acompanha-las no mergulho e ter de ficar lá sentada embaixo do guarda sol contando os minutos para vestir minhas bóias da turma da Mônica e cair na água novamente!

Bons tempos! Hoje tenho certeza que a única coisa melhor que ser criança é ter memória para lembrar de tudo depois!

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