Gastando minhas digitais na barra de rolagem das redes sociais, encontrei algumas pessoas que não tenho contato a algum tempo. Entrei nos perfis e... quem são vocês?
Os corpos e rostos quase irreconhecíveis. Nas fotos um desfile de apelos pelo ângulo que mais valorizava a prótese de silicone, a cintura esculpida no cirurgião e os cabelos tratados com toda a quimica que se tem direito. Os figurinos que transformava aquelas velhas conhecidas em, barbies de wiskeria. Desculpem o termo, mas não há termo elegante que descreva a deselegância.
Lamentável! Lamentável pelo excesso de dedicação e apelo a uma coisa tão vazia: a busca desesperadora pela beleza. Tive a nítida impressão que as caras e bocas das fotos diziam: "olha como estou gostosa!"
E gritar ao mundo que você é gostosa serve para quê?
São muitas curvas para poucos panos. E os pobres panos mal dão conta de tapar todo o recheio. Qual é a necessidade de todo este apelo?
É uma pobreza de instigar e um excesso de vulgarizar. A insegurança e a carência de auto estima explicam os excessos estéticos.Há a estética saudável, há a importância com o cuidado do corpo e há também aqueles truques para disfarçar algumas coisas e melhorar outras. Mas não é disso que estou falando, é de deformidades físicas mesmo. São tantos excessos que as pessoas não se dão mais conta que já passaram do estágio "bonito" para o bizarro.
A beleza está na contramão disso. A beleza é sutil. O bizarro é gritante. A beleza está no charme. O apelo a estética está nos desenhos tortos da beleza ditada. A beleza está na naturalidade. O vulgar está na falta dele.
Naquelas imagens vi as meninas transvestidas de embalagens de prazeres. Embalagens recheadas de baixa auto estima, de caras e corpos deformados pela vaidade e apelo para provar para algo ou alguém que "eu também posso ser linda"!
Registro aqui meu comentário e meu ponto de vista míope. Todas são maiores de idade e responsáveis pelas suas decisões. Porém, onde o bisturi já passou não há como voltar atrás. Só desejo que as "belas" embalagens que circulam por ai, encontrem conteúdos realmente valorosos. De vazios, muitas vidas já estão cheias.
Por isso sempre digo que prefiro uma mente malhada em vez de um corpo malhado e vazio. Essa mania de ostentar o físico chega até enjoar, pois tudo que é demais se torna enfadonho.
ResponderExcluirVocê como sempre dizendo as verdades com inteligência de quem tem uma mente malhada.
Adorei.