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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Nuvem passageira!


Estar muito próximo de uma nuvem é o primeiro passo para estar em meio a uma turbulência. Depois que passa a nuvem cor-de-rosa, vem aquele clarão, tudo volta a ficar nítido e vem a pergunta: Cadê a paixão que estava aqui?
Pois é, passou!
E o que parecia ser a oitava maravilha do mundo sumiu, na poeira daquela nuvem carregada de ilusões.


Quando não sabemos o que estamos sentindo já classificamos o novo e possível sentimento de paixão. Isso acontece também quando confundimos paixão com ócio no coração. O ócio nos deixa propício a tudo que não presta.
É um misto de afobação, empolgação, desejo de quero mais, ansiedade,intensidade, adrenalina. Um drink de sentimentos e sensações fugazes. Assim como uma droga, que faz efeitos por algumas horas, passa e deixa aquela sensação de depressão.

Quando estamos afetivamente ociosos a tendência é que nos interessemos por qualquer passante que nos der uma piscadinha, uma brechinha, que largue uma cantadinha e nos ganhe com as ladainhas. Ploft, caímos feito manga madura!
Inicialmente tudo é muito lindo, como manda o figurino. Mas no andar da carruagem nada das melancias se ajeitarem. Antes da coisa ficar séria alguém tem aquele pingo de lucidez e trata de sair pela tangente, sem se despedir. Na verdade não existe sentimento nenhum, mas sim uma projeção sobre aquele pobre mortal que cruzou nosso caminho em um momento de carência e demonstrou um pouco de compaixão.


Quando a paixão acaba, o drama começa. E com elevem o choro, a angústia, o consumo excessivo de chocolates, de lenços de papel,além de ombros e de ouvidos de amigos. Aquilo que hoje parece amor, amanhã não vai passar de um tropeço.

Quando as nuvens cor de rosa dos sentimentos ilusórios vão embora vem a lucidez e nos faz outra pergunta: Como pude me interessar por aquele sujeito?
Ele nem era tão interessante, nem tão inteligente, nem benevolente, nem belo.Aliás, benevolente fui eu ao me interessar por ele. A paixão é assim mesmo. Uma trapalhada sentimental, de curta duração e pura ilusão.

É melhor estar com o coração e a mente ocupados, os olhos abertos e os pés no chão. Para poder diferenciar uma falácia de algo que valha a pena. Quando o sentimento existe, existe também a recíproca. Quando o sentimento é bom, agente se sente em paz.

 Se não for assim, é só uma nuvem, com certeza passageira.

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