terça-feira, 20 de novembro de 2012
Cala a boca pensamento!
Estar em silêncio não é sinônimo de estar quieto, é simplesmente sinônimo de não externar a voz interna.
Neste momento necessito concluir uns trabalhos acadêmicos, mas minha mente pensa nos desejos e esquece das necessidades. Ela é tão voraz que na maior parte do tempo é ela que me conduz. Sendo que o correto é que eu tenha domínio sobre ela.
Meu problema não é a falta de ideias, é o excesso. Minha mente é uma farta fonte de ideias e a medida em que elas vão nascendo e querendo ganhar espaço na lista das preferências, vão ocupando o espaço que era para ser usado para colocá-las em prática.
Estou com 4 janelas do computador abertas com os conteúdos que necessito. Estou escutando música latina e alguns segundos atrás percebi que estava dançando a salsa que faz a trilha em meus fones e no meio disso tudo meus olhos acompanham os passos graciosos que um moço que transita próximo a mim. O caaaaos! SOS!
Aos olhos de quem está de fora sou mais uma estudante, em frente ao seu computador, de fones de ouvido e óculos com cara de quem pensa. Mas aqui dentro, minha mente e eu, somos um turbilhão de pensamentos. Desejos querendo ser mais fortes que as necessidades, ideias mil, planos para breve, reflexões e check list dos deveres. Por fora estou séria e em silêncio, mas em mim há mil vozes, ruídos e fragmentos de pensamentos. As ruas do meu cérebro estão congestionadas.
Preciso de férias. Férias de quê se onde quer que eu esteja minha mente inquieta estará comigo? Preciso de ajuda. De um analista, um psiquiatra, um passe, uns florais, aulas de meditação, padre Quevedo, sessão do descarrego. Aaaah!!!!
Talvez, precise simplesmente de mim. Das minhas rédeas. Do auto controle. De ter uma DR com minha mente e dizer a ela:
- Presta a atenção nas necessidades que temos para agora e te foca. F-o-c-o. Essa coisa que tem quatro letras e que nunca entra em ti.
Sou o tipo de mulher que não perde a concentração, afinal, pré requisito para perder é ter.
Me falta foco, disciplina e concentração. E esse problema é antigo. Tenho muito clara a cena de uma reunião que a professora da terceira série do ensino fundamental teve com minha mãe e com a mãe de um outro colega que era tão distraído quanto eu. Ela disse a minha mãe que quando eu finalmente me concentrava para fazer os exercícios, ao usar a borracha eu me distraia com os farelos, e ali ficava, observando-os por infinitos minutos e esquecia que há vida pós farelo. Qualquer poeira de giz levava embora minha frágil concentração.
Se minhas horas na biblioteca não servirem para a produção do que foi inicialmente proposta a ela, pelo menos está servindo para uma outra coisa que tanto preso: escrever. Transformar os fatos da vida real em crônicas e compartilhar. E o blog agradece!
Da filosofia a fotografia. De contar histórias a viajar pelo mundo para descobrir novos protagonistas. É a vida real que me faz ilimitada!
Nicole Nazer
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Adorei Niqui!
ResponderExcluirMentes assim se apresentam no TED..rs. Mentes assim são as que produzem livros. Teu sonho não está longe de acontecer.
Muito bom o blog.