Neste momento estava lendo uma entrevista da grande musa das ideias lúcidas, Martha Medeiros. Leio-a desde minha adolescência e acredito que sim, ela tenha contribuído em muitas das minhas inspirações, principalmente pela escrita clara, de fácil entendimento e com um toque de ironia.
Um texto muito culto, em mim, causa preguiça de ler, por mais valorosa que seja a sua mensagem e por mais aclamado que seja o autor. Ler com um dicionário do lado e mil pausas para reflexão, desmotiva. Ainda mais eu, que já confessei por aqui a dificuldade que tenho em acalmar minha mente e me focar em uma única atividade. Tem que ter lucidez nas ideias, tem que ter clareza, uma poesia sutil que é para não ficar piegas e principalmente, tem que ter humor. Eu optei pela ironia. Aquele humor que entre outros temperos, tem pimenta no meio. E confesso que é gratificante quando observo que a ironia não se perdeu pelo caminho e chegou com a mensagem que deveria.
Pois lendo a Martha, novamente me identifiquei com ela. O repórter pergunta de onde surgem as ideias. E ela responde: "de um papo com uma amiga, numa corrida de taxi, assistindo a um telejornal, de uma frase de um livro."
E vocês, sabem de onde surgem as minhas? Exatamente dos mesmos lugares. A vida real é o que mais inspira. Observar as pessoas, o cotidiano, trocar ideias, conversar com gente diferente, ouvir desabafos e olhar para si. Traduzir meus desejos, pensamentos e sentimentos também me inspira muito, muito e muito. Mas é bom lembrar, que textos inspirados na vida real, não são sinônimo de auto biografia.
Outra confissão de Martha. Ao perguntar o que ela pensa da reprodução dos seus textos pela internet, e Martha revela: "Sinceramente não faço a menor questão de contribuir para esta popularização. Preferiria ser lida por menos pessoas, mas que elas lessem os textos na íntegra, em um livro ou um jornal."
O motivo dela não se identificar com a super divulgação na internet, é que os textos são manipulados, enxertados, postados pela metade e a pior de todas as coisas que se pode fazer com a obra de alguém, NÃO DAR OS CRÉDITOS OU COLOCAR CRÉDITOS A OUTRO AUTOR.
Gente, essa última parte é cruel. É como se você tivesse se esmerado para fazer um trabalho e ele fosse reconhecido como de outra pessoa. No inicio eu me aborrecia bastante ao ver minhas frases e textos circulando sem créditos. A principal delas é a que dá o nome ao blog, façam uma experiência, coloquem no google a frase para ver em quantos lugares ela aparece, sozinha, perdida e claro, sem créditos. Eu já desisti de gastar energias me aborrecendo com isso, mas SEMPRE fico na dúvida se o ctrl c + ctrl v é simônimo de admiração ou falta de criatividade de quem leva um texto de outra pessoa sem fazer menção a ela.
Para mim, não há dúvidas que a melhor parte de uma boa ideia é poder compartilhá-la. E com muito prazer, vou continuar compartilhando. E para os queridos leitores que quiserem fazer o mesmo, levem não só as ideias, mas também os créditos. O nome de quem escreveu ou o link do blog lá no final do texto, faz parte do contexto. É sinônimo não só de identificação e admiração, mas também de respeito.
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