Sair para jantar. Está ai um programa que eu adoro. Gosto de programas intimistas que unam bom gosto, gastronomia, boa companhia e uma conversa animada. Sair para jantar é um programa que sempre me tira de casa disposta para cumprir todas as etapas, desde escolher uma roupa bacana, fazer uma produção caprichada, abrir o armário dos calçados e escolher o salto mais alto e o sapato que não vai as festas por ser desconfortável, mas que vai fazer bonito para chegar e sair do restaurante e dar aquela desfiladinha para ir ao toalete (sim, nós mulheres adoramos um toalete novo). Eu gosto daquela coisa de ouvir o telefone tocar e do outro lado da linha alguém dizer:
“Já estou aqui te esperando!”
A escolha conjunta de um bom restaurante ou a surpresa de um lugar novo. Gosto do a la carte, entrada, prato principal e sobremesa. Sair para jantar é mais que um programa, é um ritual. Sou exigente na escolha dos locais, gosto de ser bem atendida, gosto de luz de velas e prefiro mesas de canto onde ninguém fique passando atrás de mim. Aprecio companhias que também valorizam estes detalhes.
Pois bem, esta é a minha versão de sair para jantar.
Eu já fui convidada para jantar e acabei nas mais diversas redes de fast food, do incrível Habibs ao superdelicia Subway. Não tenho nada contra estes estabelecimentos, as vezes a grana ou o tempo estão curtos e a gente acaba tendo que optar por algo mais simples. Mas perai, me fazer tomar banho, passar deo colônia e por uma roupa mais caprichada que a de domingo para ir a um lugar que combina com chinelo e regata, não mais! Tudo é uma questão de comunicação, uma coisa é sair para jantar outra é dar uma volta e comer alguma coisa na rua. Comer na rua, a gente passa em qualquer uma dessas lojas de fast food e mata a fome, antes de sair passa no banheiro para verificar se não tem alface no dente e vai embora tomando no canudinho o que sobrou naquele copo de 500ml de refrigerante e vai pra casa de barriguinha cheia, arrastando o chinelo. Mas se o programa sugerido foi jantar, isso é outra coisa e não me enrola!
Ah, ir numa pizzaria também não é sair para jantar. Uma pizza tem seu valor, mas pizza é pizza. Não é sair para jantar, é simplesmente sair para comer uma pizza. Não me faça ficar toda pimpona de vestido bonito e franja escovada para acabar em um lugar onde vou ouvir: “Mais uma calabresinha ai senhora?”
Outro golpe duro: Vamos jantar lá em casa? Eu faço uma comidinha pra nós, a gente toma um vinho, vê um filminho...
Este programa é uma delicia, especialmente para casais com uma certa intimidade. Caso contrário quando se aceita este tipo de convite é bom já sair de casa alimentada, pois provavelmente não vai ter janta, mas vai ter vinho e a sobremesa: você! E depois da “janta” também há grandes chances de rolar uma promoção, a sobremesa pode se promovida a pudim: para ficar em banho Maria ou quem sabe em panqueca, para ser enrolada. Hummm, sendo assim, quero não.
Sair para jantar para mim é desfrutar daquilo que foi descrito lá no primeiro parágrafo. Caso contrário, obrigada pelo convite, estou de dieta de programas furados.
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