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sexta-feira, 30 de março de 2012

As mulheres que já não sou mais

Eu estava compartilhando com uma amiga, histórias, aventuras e trapalhadas amorosas que já vivenciei. Cada história me fazia lembrar de uma fase da vida que, não é mais atual. Já tive um date por semana. Pretendentes que me tratavam que nem princesa. Já dei moral para quem não merecia. Já tive alguns namorados e algumas histórias a longa distância. Já fui ansiosa. Já dei  e levei pé na bunda. Fiquei de plantão esperando o telefone tocar e já liguei em busca de resposta. Já criei expectativa e me vi frustrada no final. Já me vi nervosa por declarações não correspondidas. E hoje, ah hoje, só resta dar risada de tudo isso.
Cada história que vivenciamos nos deixa com uma bagagem diferente. Quando somos adolescentes, temos mil fantasias (e hormônios) e tudo que queremos é encontrar alguém para compartilhar. Nossos jovens corações são tão mais puros, se permitem a entrar e sair de histórias com mais facilidade. Com o passar do tempo e das histórias vividas, vamos ficando cheios de cicatrizes e nos tornando seres mais seletivos. Nos tornamos também, os maiores dificultadores das nossas próprias relações.

Quanto aquela mulher  do inicio do texto, que andava sempre em cima de um salto, escolhia com quem ia sair e permanentemente tinha uma "sarna para se coçar". Ela já não existe mais por aqui. Não que tenha aberto mão de se envolver, mas no meio do caminho ela descobriu que há sim, coisas tão mais importantes que alguém para sair no sábado a noite.  A primeira descoberta foi, não depender da presença de outro alguém para se sentir completa. As vezes parece  difícil aprender a desfrutar da própria companhia. Mas é necessário, para o próprio bem, saber se divertir sozinha. Estar entre mil pessoas, sem vinculo, é o mesmo que estar sem ninguém. Foi a esta conclusão que ela chegou após a fase de dates e romances passageiros.  Valeu pelos beijos bem dados, pelos sorrisos, pelo glamour de algumas noites, pelas aventuras e certamente pelas histórias para contar. Valeu também para reconhecer em cada uma das mulheres que fui um dia, as mulheres que já não sou mais, mas que sem dúvida tiveram importante participação em quem sou hoje. Serena, segura e (in)felizmente, seletiva.


Atualmente minha vida amorosa anda tão agitada quanto a rotina de uma vaca na India. Ando focada a investir em mim e sem muita disposição para aventuras passageiras. Mas, mais do que nunca, aberta a doar e receber algo bem mais valoroso, quem sabe, o amor!

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