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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Quem foi que disse que precisa se apaixonar?

Precisa não. É possivel somente estar. Nós podemos dispensar os opcionais. Podemos também, dispensar as raízes e só desfrutar da leveza das relações sem pretenções. E simplesmente se fazer existir, sem rótulos, enquanto possivel.

Simples assim.

Segue a trilha da Carla Bruni para completar o pensamento!




quarta-feira, 9 de maio de 2012


Adoreeei esse someecards.com! Entre outros mimos, criei este cartão para incentivar meus queridos leitores a comentarem nos posts!

terça-feira, 8 de maio de 2012

Plural

Não sei mais de quantas sou feita.

Por onde ando trago fragmentos de tudo e todos que pelo caminho encontro.

Me multiplico em cada gesto.

Me renovo em cada sorriso e  me encontro em cada olhar.

Sou feita de muitos. De cada um que me faz refletir e que involuntariamente encontra algo a agregar.

Em minha essência já trago muito além de mim.

Não sou mais tão pura, sou plural!


 


sábado, 5 de maio de 2012

Desabafos capilares

Assim como 90% das meninas, na infância, eu cortava os cabelos das minhas bonecas. Tinha esperança deles crescerem de volta, é claro. Cortava não só o das bonecas, mas também os meus.  Não sei por que as crianças tem essas fixação em cortar cabelos.  Usei Chanel durante anos. Sempre tive franjinha, ora por que eu mesma havia passado a tesoura na altura da testa, ora por escolha da minha mãe e do cabeleireiro.

Na adolescência meus cabelos deixaram de ser lisos e passaram a ser extremamente cacheados. Aos 18 anos fui cortar as pontas (sempre as pontas) com o cabeleireiro da minha mãe e voltei com o cabelo na altura do ombro todo escovado, lembrando, ele é crespo. Parei em frente ao espelho e chorei, com sinceridade e apego a antiga configuração dos fios. Pensei: “se escovado ele está no ombro, quando eu lavar ele vai encolher e eu vou ficar com o cabelo do Ronaldinho Gaúcho!!!!”  Buááá! Peguei pavor do cabeleireiro. Só deixava ele fazer minha sobrancelha, que isso ele fazia muito bem.

Depois deste episódio fiquei cerca de 5 anos cortando novamente os meus cabelos. Eu que fazia a franja, repicava as pontas e tudo mais que me desse vontade. Por minha conta e risco. Sem ficar com pavor de alguém por conta de um excesso de tesouradas.

Dos 19 aos 24 anos tive loooongos cabelos cacheados. Tinha dias que eu acordava a cara da Elba Ramalho, outros estava meio Maria Betânia.  Eu nem sonhava em mudar o comprimento, pensava que cabelo crespo se cortar curto encolhe e vira um abajur. Eu vivia bem debaixo dos caracóis, mesmo. Em 2009 nasceu um desejo de mudar, de arriscar. Passei a ver a mulheres de cabelos longos como pessoas com apego. O que já não tinha mais a ver comigo que a cada dia mais queria era me desapegar.

Cerca de um ano atrás eu cortei. Cortei uns dedos. Passaram-se algumas semanas, voltei a um salão e cortei meees-mo, abaixo do ombro. Tirei cerca de 20 centímetros. Me sentia mais leve, mais magra, mais tudo.  Olhava as fotos com meu cabelo antigo e pensava: “Como pude usar aquele corte por tanto tempo?”
Enfim, sensação maravilhosa de renovação!

Um ano depois meu cabelo estava enorme novamente. Já me sentia aflita de ter todo aquele cabelo na cabeça, no pescoço, nas costas e onde mais ele se alastrasse.

Marquei horário no salão. Fui, feliz e confiante. Sentei na cadeira, mostrei para a cabeleireira onde eu queria que fosse o corte,  na altura no bolso da camisa, uns cinco dedos abaixo do ombro, detalhe, cacheado. Ok. Missão entendida. Ela pediu para eu tirar o óculos (eu sou mega míope, não enxergo sem eles) e pegou a tesoura. Conversa vai, conversa vem. Até que, tcharam. Está pronto. Coloquei o óculos e quase chorei.  Ele estava na exata altura do ombro. Ou seja, chanel. E lembrando que cabelo cacheado quando lava ele encolhe. A insatisfação com o resultado ficou nitidamente estampada no meu rosto. Ela lavou, escovou, fez o franjão que eu havia pedido. Sei que o trabalho do cabeleireiro é delicado. Mexer com a imagem é mexer também com a auto estima dos clientes. Isso pode ser muito positivo, ou plenamente destrutivo, dependendo da estrutura emocional da vitima.

Na hora de sair do salão meu cabelo estava lindo. Mas sempre devemos lembrar, que o cabelo do salão é diferente do cabelo da vida real.  
No dia seguinte choveu. A chuva já comprometeu o resultado da escova. E o cabelo já estava mais perto da vida real. No terceiro dia, me olhei no espelho ao acordar e por alguns instantes tive pensamentos de baixo nível. Diferente dos que costumo ter. O cabelo ainda não havia sido lavado e já estava terrível. Xinguei muito a cabeleireira, em pensamentos. Dei uma ajeitada, para tentar  recompor o penteado, e, nada. Foi então que cheguei a uma sábia conclusão:

Se um cabeleireiro fizer um trabalho diferente do que foi solicitado, nunca mais retorne ao estabelecimento dele. Não pelos centímetros a menos no corte, afinal, cabelo cresce. Mas sim, pelo maus pensamentos que criamos ao ver o resultado frustrado, desenvolvido por aquele ser desatento. Os maus pensamentos nos deixam com más energias e podem influenciar a más atitudes, e isso é mais difícil de concertar!
Melhor assim!