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sábado, 21 de abril de 2012

Desabafos no provador

Eu havia feito um acordo de damas, comigo mesma: não preciso mais ir ao shopping.
Mas ontem fui seduzida pelo bom humor da mamãe e pela possibilidade de dar um abraço em amigas queridas que trabalham por lá, e mais ainda, pela possibilidade de comer em um japonês depois de um dia de trabalho, aula e tudo mais. Enfim, desculpas esfarrapadas convincentes para quebrar o acordo.


O ponto de encontro foi dentro daquela loja que diz ter todos os estilos. Sou uma cliente cautelosa, bem cautelosa, quase uma mão de vaca. Quase! Me vi seduzida por uma bolsa 3 em 1 ótima para as tantas tarefas do meu dia dia, mas que fui abortada antes de chegar ao caixa. Encontrei um jeans simpático. Não foi aquela coisa de paixão, “preciiiiso desta calça”. Não, nada disso. Foi um mero: "bacana esta calça, vou vesti-la". E assim fomos ao provador, minha mãe com uma dúzia de peças e eu com aquele jeans simpático. Entrei no provador, super iluminado com espelhos em dois ângulos, um especialmente para se ver de costas. Coisa que em casa nunca acontece. De cara já vi que meu cabelo está gritando por um corte. Ok, eu já estava ouvindo os gritos dele. Próximo passo, tirar os sapatos e a calça para vestir a peça nova. Ao me ver de calcinha e antes de tirar a peça do cabide fiz uma pausa para reflexão:
que bunda é essa?

No reflexo do espelho identifiquei em meu corpo algo tipo uma aspirina, branca e arredondada, mas com uma consistência de mousse de supermercado: cheio de furinhos e gelatinoso. SOCORRO! Cadê minha bunda apresentável? Aquela que faz bonito na praia e de quebra recheia o jeans? Sumiu. Não vi em que momento ela me abandonou, mas vi que ela não estava mais lá. Já um tanto desanimada, vesti finalmente a calça simpática. Me olhei no espelho e tcharaaam: eu virei o Bob Esponja!!! Quadrada, sem bunda, sem curvas, sem recheio na calça! Oh lord!
Chamei minha mãe no provador ao lado e disse: mãe, a calça seria mais legal se não contribuísse para que eu me sinta com o corpo do Bob Esponja dentro dela.
Desânimo total. Vesti novamente meu bom e velho jeans 36 que há tempos não entrava em mim. Vestida e ociosa, parei em frente ao espelho e aproveitei a super iluminação para dar um conferes na cútis. Senhor, o que é isso? Um jardim de cravos em minha testa e outro em meu queixo. Xô daqui! Fiz praticamente uma limpeza de pele em cinco minutos. Mas minha pele é super sensível, e onde eu havia mexido ficou inchado e vermelho, obviamente.
Quinze minutos após ter tido a brilhante idéia de vestir um jeans simpático no provador, lá estava eu, sentada com a cara cheia de hematomas e agora sabendo que tenho a bunda do Bob Esponja.

Ter uma bunda viçosa não é vital para a felicidade. Afinal, esta é uma das partes mais inúteis do nosso corpo, pois só serve para fazer bem para a vista alheia. Mas ela também recheia a calça, amortece em chás de cadeira, quedas e tudo mais. Pensei em adquirir uma calcinha de enchimento. Pensei também que, eu poderia criar uma espécie de bombinha de ar, para inflar as partes do corpo que precisam de um upgrad. A gente já infla colchão, bóia para as crianças, travesseirinho para o avião. Ia ser legal também, poder inflar as comissões que precisam de um volume extra.
Sempre me senti satisfeita com minha comissão de fundos, mas não tê-la é triste, sabe?


Ok. Chega de drama. Chega de loja. Vamos ao japonês. Vinte e duas horas o shopping fecha, mas o que eu não sabia é que, os restaurantes fecham também. Desde quando? Não sei. Só sei que o japa já estava retirando os peixinhos do balcão quando chegamos. Era só o que faltava. Sem calça, sem sushi, sem bunda e com a cara cheia de hematomas.
Pior que isso foi ter que me contentar com um hamburguinho de frango do McDonald’s e acha-lo gostoso. (olha o que a fome faz com a gente!)

Definitivamente, há acordos que não valem a pena serem quebrados. Minha lei de não ir ao shopping para causas desnecessárias, está mais do que nunca em vigor!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Boas novas!!!

Leitores queridos,

Quero compartilhar com vocês uma importante conquista, sou a nova acadêmica do curso de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina!
Nem preciso dizer o quão feliz estou!!!

Tenho certeza que este será um excelente contribuinte para a melhoria da escrita e do nivel dos textos!!!