Aqui tem mais!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Mensagem de ano novo!

Mais uma vez chegamos ao final do ano e como de costume começamos com nossos desejos e promessas para o ano que se iniciará.

Na verdade o ano novo é um álibi perfeito para a renovação dos desejos que não nos encorajamos a realizar. Desejamos melhorar de vida, iniciar uma rotina mais saudável, fazer uma viagem, perder peso, trocar de carro, de casa, de emprego. Acumulamos os projetos para o ano seguinte da mesma maneira que prometemos que na segunda feira vamos começar a dieta.

Somos habituados a desejar, mais do que a realizar. E nossos desejos costumam ser acompanhados de especificações, o que tarda ainda mais a sua concretização.
Sabe aquela frase que diz: cuidado com o que desejas pois seus pedidos poderão ser alcançados?
Então, de que forma você está se preparando para alcança-los?

Desejas um trabalho melhor. Mas você está se qualificando?
Desejas uma viagem ao exterior. Mas já começou a juntar dinheiro?
Desejas um amor para a vida inteira. Mas você já aprendeu a se amar primeiro?

Estes são só alguns exemplos de uma extensa lista daquelas coisas que desejamos e, só. Desejos e sonhos são muito mais que discurso de ano novo.   Os sonhos são importantes. Nos movem. Mas os sonhos não devem ser eternos. Sonhos devem ser acompanhados de objetivos para que se tornem fatos. Desejos não são coisas que devem ficar estagnadas e reveladas em datas de renovação. O ano é que se renova e, nos dá mais 365 presentes para realizarmos aquilo que ontem chamávamos de planos para o futuro.

Mova-se!

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Marrocos - Casablanca




Um sol de rachar no final do mês de setembro, assim era o clima quando chegamos em CasaBlanca, Marrocos. Todas as pessoas que conheço que já haviam passado por lá relatavam más experiências em termos de assédio e "tudo pelo seu dinheiro". Então, três amigas e eu já saímos prevenidas. Tentamos ir o mais cobertas possível para não expormos "a figura" e não chamarmos tanto atenção. Mas, nosso sacrifício foi quase em vão. Ao colocarmos o pé para fora do porto começaram a chover ofertas de táxis, cada um com um valor e um motorista mais insistente que o outro. Elegemos um que nos levou para um pequeno tur nos dois lugares que mais nos interessavam conhecer: uma mesquista e a medina.

E lá fomos nós para a importante e imponente mesquita para uma sessão de fotos na área externa já que não somos muçulmanas e não podemos entrar (há horários específicos para visitação).




 Saindo de lá nosso motorista de olho no nosso dinheirinho queria nos levar para comprar tapetes, óleo de argam e outros produtos típicos marroquinos. Fomos curtas e grossas diante de tamanha insistência, e fomos a medina. Depois de muito argumentar, lá estávamos nós, expondo a figura em meio de mil lojinhas de suvenirs, artesanatos, roupas e vestes típicas, bem como de produtos falsificados de marcas famosas.



A fome e a sede foram aumentando e naquele lugar de limpeza duvidosa não havia onde comer. Encontramos um café onde literalmente só poderiamos consumir cafés, chás e sucos. Nada, nadinha para comer. Até que passou por nós um senhor carregando uma bandejinha contendo vinagrete, pão, suco de limão e algo que estava coberto mas, com um cheiro delicioso. Sem opção de onde comer e, com muita fome seguimos o senhor. Ele não falava uma palavra de inglês, mas compreendia alguma coisa em francês e, fizemos ele nos levar até a fonte da comida cheirosa. E lá fomos nós, pelas ruas estreitas da medina, dobra aqui, sobe alí, anda mais um pouquinho, sobe uma escada estreita e tadãããam! Chegamos a cozinha do Sr. Mustafá. Tudo bem pequeno, bem simples e bem longe de estar limpo. Ele serve trabalhadores da medina em um mini restaurante improvisado na sua própria casa. E é lá no terraço que ele prepara o famoso tangine marroquino em panelinhas artesanais de barro.

Tudo o que tinha de feio o lugar, tinha de simpatia o senhor Mustafá que nos serviu exatamente o que havíamos visto na bandejinha e mais um delicioso chá de menta, sem açúcar, para atender ao nosso pedido.





Será que preciso dizer quem é o Mustafá? O senhor querido que não tem o hábito de tirar retratos é que foi o nosso guia e ao centro minha amada amiga e companheira de aventuras, Camila!

O almoço no terraço do Senhor Mustafá foi uma das experiências mais bacanas dos últimos tempos. A simplicidade do local e a experiência de sermos muito bem acolhidas, na casa de nativos daquele país de cultura exótica, onde a mulher não tem voz, nem vez. E saírmos de lá alimentadas, não só do estômago, mas a alma também, foi sem dúvida uma experiência irretocável. Leve sua coragem ao Marrocos!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Histórias em alto mar



Ola leitores queridos!

Já estamos em novembro e de volta aos mares brasileiros. Agora com um pouquinho mais de tempo quero aproveitar e contar para vocês de algumas aventuras e experiências que tive nestes últimos meses. Tudo começou no dia 19 de julho em Copenhagem na Dinamarca. De lá parti direto para Malmo, na Suécia para embarcar no navio de cruzeiros e iniciar minha nova jornada. Este é meu segundo contrato a bordo, a rota desta vez foi de Noruega. Aliás, foi um lugar que me surpreendeu muito. Acho que todo mundo deveria se dar de presente uma viagem a Noruega para se deparar com todas as colossais manifestações da natureza e a grandeza da criação divina. Após os cruzeiros com 7 destinos de  tirar o folego na Noruega, partimos rumo ao Báltico. Aaah, os Nórdicos. Suécia, Alemanha, Finlândia, Estonia e Rússia. Aquele povo louro de olhos com todos os tons do oceano e aquelas cidades tão cheias de história. Já dá saudades. Foram quase dois meses fazendo esta rota quando comecamos a descer rumo ao meu tão amado Mediterraneo. Com direito a paradinhas na Inglaterra, na França, Gibraltar, o tão sonhado Marrocos, a velha conhecida Espanha, a Corséga a Italia e outras maravilhas.

Todos estes lugares e muitas outras histórias vou começar a contar aos poucos a partir de agora aqui no blog, mas por favor, sejam pacientes e não me abandonem, eu ainda esto a bordo e estarei até o final de fevereiro. O tempo é curto, mas as histórias são grandes!

Beijocas com saudades

domingo, 12 de outubro de 2014

Ola queridos leitores e amigos!

Sei que ando ausente, beem ausente por sinal, mas a causa eh super nobre: estou trabalhando a bordo de um navio de cruzeiros. O tempo eh curto, e o sono eh grande. Mas entre tantas outras coisas tenho tido o prazer de acordar um dia em cada lugar do mundo. Ja passei por 17 paises, os arquivos de fotos estao lindos, sem falsas modestias. hehehe

Eu nao trouxe meu computador, somente o tablet. Neste momento estou usando um computador que nao eh  meu e quase choro por nao saber como usar a acentuacao correta e ver o texto cheeeeio de erros. Perdoem, ta? hehehe

Beijocas com gostinho de saudades!

Nicole Nazer

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Eu nunca ví a Argentina ser campeã!


E para não dizer que não falamos da copa... Fiz um vídeo, rapidin, cheio de humor expressando minha solidariedade aos hermanos!

Corre aqui e dá o play!



terça-feira, 1 de julho de 2014

Mensagem para julho


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sobre vandalismo e preconceito!

Mais de 100 mil argentinos na capital gaúcha hoje. E como em qualquer lugar que mistura, multidão, álcool, euforia e competição, muitos e lamentáveis incidentes. Todos os argentinos não prestam?

Abertura da copa, protestos pelo Brasil inteiro. Incontáveis atitudes de vandalismo, quebra quebra, confronto com a polícia, destruição de patrimônio público e privado e todo isso noticiado para o mundo inteiro. Todos os brasileiros são vândalos?

Jogo Itália x Uruguai, o uruguaio Suárez dá uma mordida no ombro de um jogador do time adversário. Todos os Uruguaios são agressivos? 
Pois é, as respostas você sabe.

Tenho lido muitas críticas as más atitudes de alguns torcedores hermanos, ocorridas hoje em Porto Alegre e estou aqui lamentando. Não há o que justifique agressão e vandalismo. Mas muito pior do que condenar estes lamentáveis casos isolados, é generalizar, uma nação inteira por conta disto. Os argentinos são tão bem vindos ao nosso país quanto nós somos ao deles. Assim como por conta de grupos de vândalos, que aparecem em manifestações nas nossas capitais, onde infelizmente Porto Alegre é sempre uma destas cidades. Não é sinônimo de um  Brasil de vândalos. Atitudes de estrangeiros, sejam eles argentinos ou não, também não são sinônimo de uma nação de vândalos!

Vandalismo, agressão, roubo e todos os tipos de incidentes são condenáveis sim. E tão condenável quanto isso é o preconceito em generalizar o que quer que seja. Somos contra o preconceito na hora de defendermos um dos nossos ao postarmos fotos com bananas nos dizendo macacos. Mas na hora de generalizar um país inteiro por atitudes isoladas, somos é hipócritas.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

O que é qualidade de vida?

É engraçado, que até pouco tempo atrás, todo mundo queria ser rico. Hoje todo mundo deseja a tal qualidade de vida. Bem como tv de tela plana, marcar presença em festas badaladas. Comer em lugares caros. Ou ter um bom estoque de produtos industrializados, macarrão instantâneo e bebidas na dispensa. Ter a roupa da moda, a roupa de grife e a roupa nova para o final de semana. Bem como a bolsa, o sapato, o relógio e todos os outros itens que vendam uma boa imagem pessoal. Todo mundo quer qualidade de vida, e quer também o carro do ano, um telefone de última geração para estar conectado a tudo e a todos em tempo integral. Todo mundo quer qualidade de vida e um cartão de crédito sem limite.

Se você pensa que qualidade de vida está relacionada com algum desses exemplos acima, não quero te decepcionar, mas você não sabe de nada. Relaxa, não vou chamar você de inocente.

Qualidade de vida nada tem a ver com acúmulos materiais. O moderno não é ter uma tela plana do tamanho da janela da sala de embarque do aeroporto. Mas sim, não ter televisão. Estou falando sério. Noticias podem ser lidas nos jornais, filmes no cinema e pela internet. E se você quer ser entretido liga o som, coloque um disco para tocar e dance no tapete da sala. Outra excelente opção é abrir um livro.

Carro é um facilitador da vida moderna. E com os incentivos da indústria automobilística, todos podem adquirir um. Mas ele também é a peça fundamental para a contribuição naquele inferno chamado trânsito. Troque-o por bicicleta ou uma boa caminhada. Faz bem para a saúde, e em alguns casos, você pode até chegar mais rápido. É uma delícia caminhar e descobrir novos  lugares,  ou aqueles que até então eram só vistos de longe.

Antes de comprar uma roupa, reflita se ela realmente é necessária. A moda e a mídia criam nas pessoas a necessidade de consumo por coisas que elas não precisam de fato. E vendem a ideia de que aquilo que estão usando, dão status e as tornam interessantes. Estar bem vestido é importante. Mas tão importante quanto isso é a consciência da necessidade do consumo. A grande maioria não compra porque precisa. Compra por prazer. Para expor, para colecionar, para acumular e fomentar a indústria da moda. Considerando que, ser interessante, elegante e atraente, são características de comportamento e não podem ser compradas. Logo, não são as roupas que tornam as pessoas melhores.

A vida noturna bem que diverte, especialmente quando for esporadicamente com um bom grupo de amigos. Já a constante vida noturna, regada a álcool, má alimentação e pouco sono, é excelente para quem quer envelhecer mais cedo. Há quem busque isso como diversão, e há quem use como preenchimento de uma vida vazia.

Viajar é importante, o mundo vai muito mais longe do que a vista da sua janela. Viajar enriquece a biografia. Ir para lugares em meio à natureza recarregam a alma. Viajar para conhecer novas culturas torna as pessoas menos preconceituosas. Viaje. Desbrave o mundo. Cruze fronteiras. Aprenda novos idiomas.  Ah, o mundo vai muito além dos destinos de compras e das praias com festas badaladas.

Tem gente por ai querendo ser rica. Mas é tão pobre que pensa que qualidade de vida é um conjunto de itens que podem ser comprados.  Pare de comprar. Quanto mais se compra mais lixo se produz. E o lixo vai pra onde mesmo?
Minimize-se. Simplifique-se.
Deixe o carro em casa. Aprenda a descobrir novos caminhos e administrar de outra forma o seu tempo. Descubra o valor dos alimentos frescos e feitos em casa. Plante e consuma aquilo que veio do seu quintal. Desconecte-se. Não deixe todos os seus passos registrados nas redes sociais. Ao invés disso, compartilhe boas ideias. Leia mais. Ler e vivenciar são as melhores maneiras de adquirir conhecimento. Qualifique-se e invista também em aprender novas atividades. Tenha e pratique um hobbie. Lembre-se que atividades físicas são vitais para a saúde, o corpo e a mente.  Não cultive ressentimentos, rancor e inimizades. Cultive o respeito, a tolerância e o bom humor. Exercite a sua paciência com as limitações dos outros, da mesma forma que precisarás que os outros sejam pacientes com suas limitações. Estimule sua criatividade. Insira o contato com a natureza na sua rotina.

Qualidade de vida não está relacionada a poder aquisitivo. E sim com a riqueza de saber viver em um mundo com bilhões de itens em oferta, e optar em ter simplesmente aquilo que não pode ser comprado.


quinta-feira, 12 de junho de 2014


domingo, 8 de junho de 2014

Cataratas do Iguaçú


Um dos principais destinos turísticos do Brasil, que é divido amigavelmente com Argentina, as Cataratas do Iguaçu é um passeio imperdível para toda a família. Trata-se de  um mergulho na natureza, em uma área de mais de 600 mil hectares, de floresta Atlântica, além de uma rica fauna e flora. 
Vamos a visita!


 Chegando no parque já com o ingresso na mão. Você pode adianta e comprar por aqui. Se você for brasileiro lembre-se de levar a sua identidade, pois para nós o ingresso é mais barato!



Pensa em uma paz e um cheirinho de mato! É aqui!



 Saindo do espaço ao visitante você pode tomar o ônibus que o levará ao inicio da trilha! Detalhe, todos os ônibus são lindos assim, com imagens da fauna local.


Já no primeiro mirante, onde podemos avistar as lindas quedas do lado argentino. Já dá aquela sensação de UAU!

            Com o dia ensolarado foi um festival de arco-iris para todos os lados!

Vendo as quedas beeem de pertinho! A natureza não tem explicação!

No final da trilha há um elevador panorâmico onde podemos chegar a outro mirante que nos proporciona esta vista aqui! Mais uma vez, UAU!


Saindo do elevador você já pode se dirigir ao estacionamento para tomar o ônibus que o levará de volta a entrada do parque!


Dicas extras:

- As capas de chuva são essenciais se você deseja ir até a "garganta do diabo". Na entrada do parque elas são muito mais baratas que lá dentro. Já garanta a sua na chegada.

- Use roupas e calçados impermeáveis. Tênis só de for de couro, caso contrário seus pés podem voltar encharcados.

- Dentro no parque há diversas lanchonetes. Porém, esteja atento, os quatis estão por toda parte e eles literalmente roubam sua comida! Se você duvida, dá uma olhada nesse vídeo!




E como nada é tão bom que não possa melhorar. Quando a gente chega em uma cidade turistica sempre precisa de uma ajuda. E eu super indico a empresa de receptivo que tivemos em Foz. A Brasil Das Águas Tur oferece um serviço excelente. Desde os traslados para o aeroporto. Ao guia exclusivo que me pegou na porta do hotel e me acompanhou no passeio. O serviço é super eficiente e os guias super atenciosos.


Deixe serenar




A paixão passa. A verdades aparecem. O que é quente, esfria. O vento forte leva. A dor acalma. O pranto silencia. A alegria, dura pouco. Que a serenidade e o equilíbrio permaneçam e sejam constantes!

sábado, 31 de maio de 2014

Afinidades são...




terça-feira, 27 de maio de 2014

O que vou ser quando crescer, agora que já cresci.

Lembro de quando criança ter respondido ao "o que você quer ser quando crescer" da seguinte forma. Peguei minha folhinha e a dividi em quatro retângulos. No primeiro deles me desenhei fazendeira. Oi? Isso só pode ser obra do meu inconsciente interiorano com descendência Mato Grossense. No segundo, me desenhei médica pediatra. De onde saiu também não sei. Acho que achava legal a vida da Tia Dica, minha pediatra na época, em seu consultório cheio de brinquedos. No terceiro espaço me desenhei bailarina. Ta bom que aos 8 anos eu dançava até Gipsy Kings ao redor de uma fogueira imaginária. Mas no Brasil, depois de Ana Botafogo as únicas bailarinas bem sucedidas que conheci foram as louras e morenas do Tchan. E por último e não menos importante, me desenhei empresária, com direito a uma maleta embaixo do braço. Acho que por partes acertei. Não me vejo indo para uma empresa com sede convencional, mas me vejo menos ainda indo trabalhar para os outros. Posso não ser empresária, mas serei administradora do meu próprio nariz.

No final da adolescência, meus desejos já eram outros. Decoradora de ambientes arquiteta ou algo assim. Fiz até vestibular para arquitetura e para minha sorte, não passei. Uns anos depois fiz vestibular para administração. O curso ideal para quem não saber o que quer fazer da vida. E novamente, não passei. Um tempo depois decidida a fazer alguma coisa para ganhar dinheiro segui os conselhos de meu pai para me qualificar e trabalhar com TI. E lá fui eu, para o terceiro vestibular e dessa vez, para o meu azar, fui aprovada. Porém, ao invés de ganhar dinheiro eu perdi o pouco que tinha,  com as mensalidades do primeiro semestre, o único que fiz até concluir que definitivamente nada tinha a ver comigo aquele curso.

Uns anos depois conclui que um trabalho prazeroso não é o que dá só dinheiro, mas sim o que se faz com o coração. Logo pensei, vou transformar meu hobbie em algo rentável. Fiz vestibular, pela quarta vez, e já nem fiquei nervosa. Dessa vez para entrar em uma federal, no curso de jornalismo. Minha pontuação não foi suficiente para o jornal, mas foi para Filosofia. E aqui estou, filosofando, aos vinte e muitos anos, sabendo que vou me formar em desemprego. A filo vai me forma acima de tudo como ser humano. Além de ser parte do combustível para escrever. Quem sabe em breve não começo a publicar livros?

Mas se parece que está tudo resolvido, informo não. Além de não ganhar dinheiro escrevendo, nem estudando, eu ainda não ganho dinheiro fotografando. Ah, esse é outro hobbie que está sendo levado cada vez mais a sério. Eu trabalho com produção de eventos, especialmente os sociais e cerimoniais. Outra coisa muito bacana que  faço no momento é, viajar pelo mundo, sem pagar nada. Ou melhor, eu pago sim. Trabalho duro, atendo, sirvo, limpo, recolho, carrego bandejas e no final do mês recebo um ordenado razoável em moeda estrangeira. Além de visitar lugares dos sonhos, acordar um dia em cada país e poder falar mais dois idiomas (por enquanto).

Agora que já cresci, vejo que não me tornei nada daquilo que eu havia sonhado quando criança. Não me encaixo em um único rótulo. Não pratico ou me dedico a uma única atividade. Eu me tornei muito mais do que eu havia sonhado. Alguém apto a mudanças, a inovação e a evolução constante. Alguém que se auto experimenta, alguém que enriquece sua biografia com boas experiências. Alguém que com  muito orgulho não seguiu os padrões convencionais de estudar, formar, trabalhar, casar, procriar e assim por diante. Não perdi boas oportunidades, aliás, descobri que sou eu quem as faço. Eu ainda não cheguei a um resultado final. Não sei o que colocar no meu cartão de visitas. Não me resumo em poucas palavras e é por isso que vou continuar escrevendo, ops, crescendo.







terça-feira, 20 de maio de 2014

Suco Xô Anemia

 

Já falei em posts mais antigos sobre o fato de eu ter anemia e estou sempre em busca de alimentos e alternativas para combate-la. Um dos meus prediletos são os sucos, que além do verde a base de couve e limão, tem também o de laranja com beterraba e cenoura com segredinho especial.

Vamos a receita:

Suco de 6 laranjas
Uma beterraba picada
Uma cenoura picada
5 folhas de hortelã
1 colher de sopa rasa de chia
1 colher de sopa rasa de linhaça
1 colher de sopa rasa de quinoa
1/2 copo de água

Bata no liquidificador a beterraba, a cenoura e as folhas de hortelã com 1/2 copo de água. Após acrescente o suco das 6 laranjas juntamente com a chia, quinoa e linhaça!

Se quiser adoçar, sugiro mel, a gosto ou açúcar mascavo.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Ostentação

       
Essa é uma palavra que está muito na moda, talvez, por influencias do funk. Talvez porque algum desocupado achou a palavra no dicionário e resolveu achar algum sentido ao que não precisa. Meu conceito de ostentação sempre foi, quem de fato tem o que ostentar, simplesmente não ostenta. Porque não precisa, porque sabe que isso não agrega nada e também, para quem acredita, porque não quer atrair nenhum olho grande.

Há dias que esta palavra vem passeando nos meus pensamentos. E hoje, oportunamente, li uma amiga postar que, nos países de primeiro mundo pagar caro por algo é coisa de "otário". Em países pobres e sub desenvolvidos, pagar caro por alguma coisa, é fino, chic ou qualquer outro conceito para gente pobre de espírito. Você pensa que não está na moda da ostentação? Então me diz se você consegue comer sushi sem postar uma foto em todas as redes sociais antes? Ou se você costuma sacrificar o orçamento para adquirir algo que está na moda, um sapato por exemplo? Se para você não é prioridade fazer programas culturais, investir na sua qualificação ou até uma viagem, mas é  ter um telefone de última geração. Ou vestir, usar, comprar o que todo mundo tem, o que todo mundo quer ou, o que a mídia diz ser bom. Saiba que nem sempre são de fato coisas boas, na maioria das vezes são só ideias subdesenvolvidas.

As pessoas mais interessantes que conheço não se preocupam em andar na moda. Andam pelo mundo, estão presentes em bons shows, falam mais de um idioma,praticam esportes, tem uma alimentação saudável e se preenchem com um bom livro, mais que com uma noite em uma festa badalada.

Se quiser ostentar, ostente aquilo que é intrínseco e não aquilo que você se sacrificou para comprar. Ostente  a simplicidade, a felicidade, o bom humor, a generosidade, a benevolência. Isso sim, não tem preço, é coisa de gente rica de verdade.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Lagoa da Conceição - E seus pequenos detalhes



O bairro Lagoa da Conceição, em Florianópolis é conhecido por suas belezas naturais, pelos bons restaurantes e pela agitada vida noturna. Mas este mesmo bairro é cheio de charme e pequenos detalhes que o deixam mais bonito. Este post é para mostrar alguns detalhes do bairro que normalmente passam despercebidos aos olhos de todos.

A avenida das Rendeiras e as dunas que levam a praia da Joaquina!

A vista do caminho para o Santuário.


Paraíso para a prática de Kite Surf na Ponta das Almas.


O amor ao bairro está em forma de mosaico nos postes!


Olha quem mais veio fazer sua morada na Lagoa!


O grafite nas paredes desta banca de revista!
Aqui é primavera o ano inteiro!


* Todas as fotos pertencem ao blog. Caso deseje usá-las fale antes com nossa autora, Nicole Nazer.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Dicas para uma Selfie top



Se todas vez que você ouve falar em selfie fica sem saber do que se trata, relaxa. Selfie não é nada mais que o bom e velho auto retrato. Vamos as dicas fatais para uma selfie top:

1° SEJA CRIATIVO fotos em frente ao espelho, mostrando os atributos físicos todo mundo já conhece e tira. Seja original, capriche nos cenários, na cara, se todo mundo aposta no make e no decote, aposte da descontração.

2° Cuidado com o braço esticado no primeiro plano. Lembre-se que a selfie é pra mostrar você e não seus membros superiores. CONTE COM A AJUDA DO TEMPORIZADOR na hora de tirar a foto, assim o braço fica onde tem que ficar.

3° CAPRICHE NO CENÁRIO. Você não precisa morar em uma casa parecida com os cenários das novelas da globo, mas tomar cuidado para não aparecer o varal no fundo, não tirar foto em frente a geladeira ou outros cenários do tipo "ê lá em casa" vão valorizar muito a foto. Uma parede neutra ou ao ar livre ajudam muito.

4° ABUSE DA LUZ DO DIA. Afinal, quem não fica lindo sob o sol? Se tiver um cenário de fundo como campo, mar, dunas, jardim, melhor ainda.

5° Se a foto ficou linda, mas a luz não ajudou, é hora de escolher um FILTRO. O Phototreats é um dos melhores e mais ricos em filtros e opções de efeitos.

Gostou? Agora chega de dicas, capriche nas selfies!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

As maiores saias justas ao redor do mundo!


Não basta abrir mão de tudo em terra, compartilhar uma cabine minúscula com mais 3 pessoas, trabalhar muitas horas por dia, administrar as dores no corpo e a saudade. Você ainda vai passar por muitas saias justas fora do barco. Selecionei as minhas 3.

1º Compras frustradas na Turquia
Quando recebi meu primeiro salário estava ávida por comprinhas. Então um dia, desci com as colegas em Izmir, na Turquia, uma cidade portuária, com um ótimo comércio. Sai com pouco mais de cem euros, uma nota inteira e alguns trocados. Entramos em uma loja fast fashion, tipo uma prima turca da C&A. Escolhi um vestido e algumas daquelas peças que não preciso, mas gostei e vou levar, do tipo acessórios, meias e zas. Quando chegamos ao caixa, a primeira colega passou suas compras, e o moço do caixa usou aquela caneta que identifica notas falsas, se a caneta riscar na nota é porque a nota não é confiável. E a bendita riscou nas notas dela, mas ela, prevenida tinha mais dinheiro e conseguiu pagar suas compras. Quando chegou a minha vez, estava tranquila, afinal, o dinheiro novinho que eu acabara de receber a bordo, com certeza, era confiável. Mas me enganei, o brutamontes pegou meus suados cem euros e tascou a caneta, fez um risco amarelo na minha nota e perguntou se eu tinha outra. Eu disse que não. Ele disse que aquela nota ele não aceitava. Eu perguntei então, como faria para pagar. Ele disse que sentia muito, mas que como meu dinheiro não era confiável eu não poderia comprar. O queeee???? Cooooomo assim?
Falei todos os palavrões, não, quase todos. Poupei os de baixo calão, como sempre. E o que mais me indignava é que eu estava dando uma lição de moral e gastando meus seletos palavrões e o infeliz do turco não estava entendendo absolutamente nada.
No meio desta confusão toda, entra na loja a minha Best Friend on board e diz:
"- Niqui, tem uma loja linda aqui na frente, cê vai enlouquecer!"
Resumo, entramos na loja, fomos atendidas pelos proprietários, que eram os únicos que tinham uma leve noção de inglês. Fomos tratadas que nem princesas. Naquele dia voltei para o barco cem euros mais pobre, e com a mala muito mais cheia, de roupas lindas, por preços que se contar, nem eu acredito.


2º Buenos Aires, 50º!

No nosso primeiro porto em Buenos Aires, estava um calor absurdo. Me sentí queimando no mármore do inferno ao dar um rolé na calle Florida. Na ida, minha best friend on board e eu pegamos um taxi honesto. Na volta o tempo estava curto, fomos em busca de um taxi, e eu que já conheço os taxistas da capital porteña de outros carnavais já estava preparada para algum golpe. Um deles queria nos cobrar 500 pesos, para andar 5 minutos. Oi? O outro, simplesmente arrancou o carro a hora em que perguntei se ele "prendia o taxímetro". Resumo, do final da Florida até o porto não era longe. Era só um caminho curto, porém desconhecido, em uma zona portuária, sob um sol que deixava o asfalto mais quente que chapa de xis. Fomos caminhando, caminhando, caminhando. E o tempo para chegar ao trabalho cada vez mais curto, até que tivemos a brilhante ideia de correr. Claro! Sair correndo, atravessando a rua no meio de caminhões, afinal, zona portuária. E o sol cozinhando todas as partes da nossa pele em que a roupa não cobria. Quando chegamos a cabine nos deparamos com a cor das nossas peles. Era um vermelho de gringo que passa o dia em copacabana sem protetor solar. Na cabine tomamos uma ducha, afinal e subimos para trabalhar uns 5 minutos atrasadas. Porém exaustas e com a pele cor de pimentão que  foi motivo de gargalhadas dos colegas. Naquele dia fomos carinhosamente chamadas de "well done", (carne bem passada) pelos colegas.



3º  O capuccino mais caro do mundo

Em Gibraltar, uma ilha no mediterrâneo que pertence a Inglaterra, era a minha última parada antes do desembarque. E, como eu já sabia que teria muitas horas de espera nos aeroportos, precisava de um lugar com internet para configurar meu computador. Só que a cidadezinha foi ficando deserta, as pessoas iam sumindo da rua, os bares e restaurantes fechando, e encontrar um local com internet foi ficando cada vez mais difícil. Restou só um pub, que acabou sendo o bar dos tripulantes. E lá havia o que eu precisava: wifi. Para não ficar chato, me infiltrar no meio da galera, colocar a senha da internet e depois sair sem consumir nada, eu pedi um capuccino, desses comuns. Capuccino, mesa a meia luz e computador, clima perfeito, para o namorado ficar com ciúmes, do computador, é claro. Usei a leeenta internet e consegui fazer parte do que eu queria. Na hora de ir embora, fui pagar e, adivinha? Cinco libras!!! O que? Cinco libras por um capuccino? Isso são 20 reais, por uma taça média, um namorado emburrado e meia hora de internet a lenha. O problema maior não é pagar 5 libras e sim, se sentir refém da falta de opção.

Dias depois, meu namorado encontrou uma moedinha no chão da cabine, e eu já havia guardado tantas moedinhas de tantos lugares que, já estava com medo que por conta delas eu corria o risco de pagar excesso de bagagem e, nem dei bola. Quando ele disse: "Ó, é uma libra!" Dei um pulo, na terra da rainha, uma libra vale um capuccino da minha terra. Passa essa moedinha pra cá.



segunda-feira, 14 de abril de 2014

A parte do Rio em que ele continua lindo



Neste último verão estive no Rio de Janeiro pelo menos umas 10 vezes. A maioria das chegadas ao Rio eram pela manhã, tão cedo que nem o sol havia nascido ainda. O sol, chegava junto conosco e acordar antes das 6hs da manhã para presenciar este espetáculo estava valendo a pena. A cidade começava a revelar sua silhueta, de morros, prédios e praias e ao fundo todos os tons do amanhecer. Meo deos mas que cidade linda!

 Mas, como o tempo de tripulante é curto, meus passeios eram aos arredores do porto e do centro da cidade. Me batia uma sincera ansiedade de ir mais longe e descobrir aquela parte do Rio que inspirava canções de Tom e Vinícius.
Na virada do ano, em alto mar presenciamos a queima de fogos em Copacabana, que sem dúvida foi um momento, UAU!  Em um domingo de sol, meu namorado e eu tomamos um táxi e fomos para o famoso posto 9, em Ipanema. Meo deos, que praia mais lotada! Relax não se encontra por lá. O metro quadrado na areia é disputado, não só por quem quer um lugar ao sol para repor a vitamina D, já que bronzeado, no meu caso estava muito difícil. Mas também por aqueles que querem vender alimentos, suvenir e bebidas para quem está na areia e mais, os que querem concorrer com os que estão vendendo. Ou seja, caos total. A água do mar bem que estava agradável, o bixcoito globo  bem que estava gostoso e o côco, geladinho. Mas muvuca, não é a minha praia.

As semanas iam passando e minhas oportunidades de ir mais longe ficando cada vez mais difíceis.  Queria conhecer a floresta da Tijuca, Santa Tereza, o Pão de Açúcar e claro, o Redentor. Eis que na nossa última ida a cidade, apareceu uma oportunidade imperdível. Tratava-se de uma excursão ao Cristo, especial para tripulantes e com um preço inacreditável.
E claro, eu não poderia deixar de aproveitar. Não sou muito adepta de excursões. Gosto de me perder pelo caminho, e com hora marcada e guia acompanhando os momentos a sós comigo mesma ficam impraticáveis. Mas era pegar ou largar. No dia marcado eu estava lá, pronta para cruzar mais uma fronteira. Subi no ônibus, escutei todas as histórias contadas pela guia e embarquei no trem vermelho junto com gente do mundo inteiro. Passeamos pela floresta e quando chegamos lá em cima, uau! Ele estava lá, entre nuvens e raios de sol. O Redentor, de braços abertos a nos receber. Que sensação maravilhosa. Me senti feliz da vida, não sabia se contemplava ele ou, a vida que havia lá em baixo com aquela vista de 360° da cidade. Momento memorável. O Rio de janeiro já havia me mostrado seu morador mais ilustre, ou o morador ilustre é que havia me apresentado sua cidade maravilhosa.

Fui embora de volta para o barco com aquela deliciosa sensação de fronteira cruzada e com a certeza de que Tom e Vinicius não haviam exagerado, o Rio, realmente é lindo.




quarta-feira, 5 de março de 2014

Caso de amor com a Viagem e Turismo

Estava aqui, com uma saudade de mim. Daquelas minhas versões rotineiras, com minhas músicas, meus cenários, sabores, filmes, leituras e inspirações. Foi quando abri a gaveta e dei de cara com uma coisa que sempre faz com que me sinta em casa.

Nossa relação nasceu a mais de cinco anos. Na verdade, é mais, é tanto tempo que nem sei precisar. Todos os meses quando ela chegava a minha porta era como se estivesse recebendo um combustível para os sonhos que realizaria um dia. E durante muitas e muitas edições, passeando entre suas páginas eu me perguntava: até quando eu vou só sonhar?

Eis que em maio de 2013 eu decidi não só sonhar. Na falta de algo muito importante para realizar meus insaciáveis desejos de viajar, me tornei tripulante de um navio. E depois de 5 meses, entre muitos portos e incontáveis horas de trabalho, meu currículo de viagens já tem 7 países e 3 continentes. E agora além de tudo ainda tenho o que me faltava para continuar viajando. Minha biografia ganhou histórias na Grécia, na Turquia, Espanha, Malta, Itália e muitos outros lugares que só conhecia por fotografia.

Hoje estou aqui no subsolo do navio, contando os dias para as férias, mas cheia de tantas outras histórias de lugares para contar. Estou aqui pensando em uma forma de fazer minhas verdinhas se multiplicarem para que eu possa ir cada vez mais longe. E essa energia foi renovada e multiplicada, pois estou com a penúltima edição em mãos da minha companheira de realizações. Viagem e Turismo, de todas as fronteiras que cruzei, nenhuma foi mais prazerosa que as que separam os sonhos da realidade, e você, faz parte disso!

domingo, 26 de janeiro de 2014

Sensação de tênis novo!



Foi no meu aniversário de oito, ou talvez de nove anos, onde pela primeira vez senti essa sensação. Na época o Ortopé Light, o “tênis da luzinha” havia acabado de ser lançado e, como qualquer outra criança eu sonhava com o meu par.  Mas so-nha-va a ponto de chamar a família na sala para assistir o comercial ou fazer meu avô parar o seu potente Fiat 147 quando meu radar enxergasse um par pelas vitrines da cidade.
Conhecendo minha família e suas condições financeiras esperava ganhar uma versão genérica do original, que na época se chamava Pop. Não tinha o glamour de um Ortopé, mas tinha a tal luzinha, o grande furor da época.  Mas não, meu padrinho me surpreendeu com um lindo par dos originais. Era uma botinha branca com detalhes berinjela, em uma época da minha vida em que eu não fazia ideia do que era berinjela. Mas se berinjela é um legume, por que diz na caixa do meu tênis¿ Na hora em que abri aquele pacote e vi a estampa da caixa tirei meus chinelos novos com tiras roxas e solado verde que usava em meu aniversário para calçar meus inéditos tênis da luzinha. E para mim caminhar sem ficar olhando para os pés se tornou um grande desafio. Era como se meus pés brilhassem, e realmente, brilhavam, a luz vermelha que contornava o solado transparente não me deixava passar despercebida. A sensação de tênis novo só se sente na primeira vez em que usamos o tênis. Só se sente enquanto e novo e principalmente, só se sente enquanto é branco. Sim, após o uso, você pode até lavar, esfregar, colocar de molho no Vanish Poder O2, na Q-boa ou no que você tiver em casa para deixar o branco mais branco. Mas o branco do tênis só se é realmente branco quando é novo. Após ele busca algum outro tom nos 50 tons de branco que devem haver pelo mundo.

Minha segunda sensação de tênis novo foi no inicio da adolescência, onde depois de muitos, mas muitos meses de muuuuito namoro nas vitrines eu finalmente ganhei o objeto de desejo. Tratava-se de um Redtag, aquele que tinha duas benditas tiras de velcro. E quem nos anos 90 não teve um daqueles¿ Os originais da época era os da Reebok, haviam de várias cores, do pretinho básico ao exótico amarelo queimado. Mas o meu foi a versão genérica e preto. Não reluziam como os brancos com berinjela que ganhei na infância, mas foram os tênis mais suados que já ganhei na vida. Lembro que de taaaanto usar eles foram se desmanchando e eu passavam nuget toda a semana para que ele não ficasse com uma cara tão velhinha. Não teve jeito, eu usei até eles literalmente se desmancharem.

Após esses dois fatos marcantes, todos os outros tênis que usei na vida duraram muito. Atualmente compro um tênis novo porque os meus antigos já estão comigo a séculos. E foi isso que aconteceu essa semana. Comprei um lindo par de adidas, em um tom de verde água, exótico e pouco discreto, para substituir o par de Nike cor-de -telha que tem sido meu companheiro de praia e caminhadas nos últimos 4 anos. Estava louca para estreá-los, abria a caixa e ficava namorando eles e ensaiava desfiles na minúscula cabine do navio em que moro atualmente. E aproveitando que eles ainda estavam com o solado novo quase dormi com eles. No dia da estreia fazia um calor de 40 graus e mesmo assim, sai com eles. Na rua só se transitavam pessoas de sandálias e chinelos. Mas quem tem tênis novo não está preocupado com essas coisas. Quem tem tênis novo quer mais é calça-los, sentir o conforto e sair por ai namorando o reflexo dos seus pés em todas as vitrines e espelhos por onde passa. Tênis novo é que nem namorado novo, a gente paquera, paquera e depois que finalmente conquista quer mais é exibir.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Cruzando fronteiras

Todos os meses quando no conforto do meu lar chegava minha revista favorita que sempre estampava as paisagens e destinos mais lindo do mundo eu me fazia a mesma pergunta: até quando eu vou só sonhar?
Foi neste ano, que por coincidência o ano que traz meu número da sorte. Que finalmente encontrei a resposta. Hora de realizar, não estou só sonhando. Entrei de gaiata no navio e não foi pelo cano. Trabalho muuuito. Como nunca trabalhei na vida. Se eu contar que limpo, varro, atendo em 3 idiomas, sirvo, carrego bandejas pesadas, equilibro pratos, limpo taças, e outras maravilhas que ninguém (inclusive eu) acreditaria. Mas acredite, o trabalho é duro e eu descobri que não sou mole. Em nenhum momento eu me senti menos ou humilhada pelo trabalho. Pelo contrário, parece que quando trabalhar em restaurante, seja servindo ou recolhendo caquinhas e farelos, é um bom exercício de humildade. 

Em contrapartida comprovei que o mediterrâneo é tão azul quanto nas fotos. Santorini ao vivo levou todos os meus suspiros. A Acrópole tem uma energia inerrável, especialmente para uma acadêmica de filosofia. Malta é de fato onde quero fazer meu intercâmbio, pude comprovar isso no tour de duas horas onde tive um panorama sobre o país. A Italia tem um gelatto deliciooooso, que só aumentou a minha lista de motivos para voltar. E se eu tivesse cruzado o estreito de Bósforo poderia ter dito que já fui a Asia, mas minha Istambul ficou só no lado europeu. Negociar com um turco de fato é uma tarefa árdua. Mas gastei mais saliva do que liras. O suco de romã fresco que se toma nas ruas da Turquia fica ainda mais gostoso de adicionar um pouco de água. Os gregos não são chamados de deuses por acaso. Os calamaritos da Espanha vão morar eternamente na memória do meu paladar. Os camelinhos da Tunisia que me esperem para que na próxima vez eu possa dar uma voltinha. Buenos Aires é mais quente que eu lembrava e os archentinos continuam combinando calça caqui com camisa azul. Lisboa é a cidade mais linda que estive nesses dias. Ah, e de fato, não coma o pastel de Belém frio, quentinho e feito na hora é muuuito melhor. Meu inglês a la "the books on the table" passou a ser um pouco menos vergonhoso, mas ainda está longe do ideal que desejo. 

De todas as versões de mim que encontrei nos últimos tempos ainda não descobri qual foi a melhor, continuo me colocando a prova. Me sinto destemida. Especialmente agora que navegamos em águas brasileiras que teoricamente temos órgãos que nos protegem. De todas as fronteiras que atravessei nenhuma foi mais satisfatória do que a que separa o sonho da realidade. A coragem e a atitude foram as melhores conselheiras que tive neste ano. E se parece que falta um pouco de romance nesta história, o jejum de 8 anos e 5 meses de singularidades foi quebrado. Romance era tudo o que eu não queria quando iniciei esta nova jornada. Hoje vejo que nem tudo é o que queremos, as vezes é simplesmente o que merecemos. E não poderia ser melhor!

Estou encerrando não só um ano, mas também um ciclo. Talvez 2013 tenha sido o melhor ano da minha vida. Foi o ano que me abri para realizar. Me tirei do papel e por consequência tive tudo o que mereci. 
Estou caminhando rumo a 2014. Rumo a continuidade e ao encontro de todas as fronteiras que separam os sonhos da realidade. 

E se eu puder dar só um conselho: realize-se!