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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Marrocos - Casablanca




Um sol de rachar no final do mês de setembro, assim era o clima quando chegamos em CasaBlanca, Marrocos. Todas as pessoas que conheço que já haviam passado por lá relatavam más experiências em termos de assédio e "tudo pelo seu dinheiro". Então, três amigas e eu já saímos prevenidas. Tentamos ir o mais cobertas possível para não expormos "a figura" e não chamarmos tanto atenção. Mas, nosso sacrifício foi quase em vão. Ao colocarmos o pé para fora do porto começaram a chover ofertas de táxis, cada um com um valor e um motorista mais insistente que o outro. Elegemos um que nos levou para um pequeno tur nos dois lugares que mais nos interessavam conhecer: uma mesquista e a medina.

E lá fomos nós para a importante e imponente mesquita para uma sessão de fotos na área externa já que não somos muçulmanas e não podemos entrar (há horários específicos para visitação).




 Saindo de lá nosso motorista de olho no nosso dinheirinho queria nos levar para comprar tapetes, óleo de argam e outros produtos típicos marroquinos. Fomos curtas e grossas diante de tamanha insistência, e fomos a medina. Depois de muito argumentar, lá estávamos nós, expondo a figura em meio de mil lojinhas de suvenirs, artesanatos, roupas e vestes típicas, bem como de produtos falsificados de marcas famosas.



A fome e a sede foram aumentando e naquele lugar de limpeza duvidosa não havia onde comer. Encontramos um café onde literalmente só poderiamos consumir cafés, chás e sucos. Nada, nadinha para comer. Até que passou por nós um senhor carregando uma bandejinha contendo vinagrete, pão, suco de limão e algo que estava coberto mas, com um cheiro delicioso. Sem opção de onde comer e, com muita fome seguimos o senhor. Ele não falava uma palavra de inglês, mas compreendia alguma coisa em francês e, fizemos ele nos levar até a fonte da comida cheirosa. E lá fomos nós, pelas ruas estreitas da medina, dobra aqui, sobe alí, anda mais um pouquinho, sobe uma escada estreita e tadãããam! Chegamos a cozinha do Sr. Mustafá. Tudo bem pequeno, bem simples e bem longe de estar limpo. Ele serve trabalhadores da medina em um mini restaurante improvisado na sua própria casa. E é lá no terraço que ele prepara o famoso tangine marroquino em panelinhas artesanais de barro.

Tudo o que tinha de feio o lugar, tinha de simpatia o senhor Mustafá que nos serviu exatamente o que havíamos visto na bandejinha e mais um delicioso chá de menta, sem açúcar, para atender ao nosso pedido.





Será que preciso dizer quem é o Mustafá? O senhor querido que não tem o hábito de tirar retratos é que foi o nosso guia e ao centro minha amada amiga e companheira de aventuras, Camila!

O almoço no terraço do Senhor Mustafá foi uma das experiências mais bacanas dos últimos tempos. A simplicidade do local e a experiência de sermos muito bem acolhidas, na casa de nativos daquele país de cultura exótica, onde a mulher não tem voz, nem vez. E saírmos de lá alimentadas, não só do estômago, mas a alma também, foi sem dúvida uma experiência irretocável. Leve sua coragem ao Marrocos!

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