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segunda-feira, 14 de abril de 2014

A parte do Rio em que ele continua lindo



Neste último verão estive no Rio de Janeiro pelo menos umas 10 vezes. A maioria das chegadas ao Rio eram pela manhã, tão cedo que nem o sol havia nascido ainda. O sol, chegava junto conosco e acordar antes das 6hs da manhã para presenciar este espetáculo estava valendo a pena. A cidade começava a revelar sua silhueta, de morros, prédios e praias e ao fundo todos os tons do amanhecer. Meo deos mas que cidade linda!

 Mas, como o tempo de tripulante é curto, meus passeios eram aos arredores do porto e do centro da cidade. Me batia uma sincera ansiedade de ir mais longe e descobrir aquela parte do Rio que inspirava canções de Tom e Vinícius.
Na virada do ano, em alto mar presenciamos a queima de fogos em Copacabana, que sem dúvida foi um momento, UAU!  Em um domingo de sol, meu namorado e eu tomamos um táxi e fomos para o famoso posto 9, em Ipanema. Meo deos, que praia mais lotada! Relax não se encontra por lá. O metro quadrado na areia é disputado, não só por quem quer um lugar ao sol para repor a vitamina D, já que bronzeado, no meu caso estava muito difícil. Mas também por aqueles que querem vender alimentos, suvenir e bebidas para quem está na areia e mais, os que querem concorrer com os que estão vendendo. Ou seja, caos total. A água do mar bem que estava agradável, o bixcoito globo  bem que estava gostoso e o côco, geladinho. Mas muvuca, não é a minha praia.

As semanas iam passando e minhas oportunidades de ir mais longe ficando cada vez mais difíceis.  Queria conhecer a floresta da Tijuca, Santa Tereza, o Pão de Açúcar e claro, o Redentor. Eis que na nossa última ida a cidade, apareceu uma oportunidade imperdível. Tratava-se de uma excursão ao Cristo, especial para tripulantes e com um preço inacreditável.
E claro, eu não poderia deixar de aproveitar. Não sou muito adepta de excursões. Gosto de me perder pelo caminho, e com hora marcada e guia acompanhando os momentos a sós comigo mesma ficam impraticáveis. Mas era pegar ou largar. No dia marcado eu estava lá, pronta para cruzar mais uma fronteira. Subi no ônibus, escutei todas as histórias contadas pela guia e embarquei no trem vermelho junto com gente do mundo inteiro. Passeamos pela floresta e quando chegamos lá em cima, uau! Ele estava lá, entre nuvens e raios de sol. O Redentor, de braços abertos a nos receber. Que sensação maravilhosa. Me senti feliz da vida, não sabia se contemplava ele ou, a vida que havia lá em baixo com aquela vista de 360° da cidade. Momento memorável. O Rio de janeiro já havia me mostrado seu morador mais ilustre, ou o morador ilustre é que havia me apresentado sua cidade maravilhosa.

Fui embora de volta para o barco com aquela deliciosa sensação de fronteira cruzada e com a certeza de que Tom e Vinicius não haviam exagerado, o Rio, realmente é lindo.




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