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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O salto de cima do muro

Assim como quando somos jovens e achamos que devemos as pressas decidir o que faremos em prol do nosso futuro e começamos a estudar para o vestibular, depois de adultos na faixa dos vinte e poucos anos temos a oportunidade de tomar novamente uma decisão as pressas, porém dessa vez é: com quem iremos nos relacionar. Aliás as pressas nem sempre são necessárias, cabe a nós estipularmos nossas prioridades e darmos tempo a elas. Mas aquela pressão imposta pela sociedade de que "felizes são os que tem um par" ou até mesmo das nossas paranóias em idealizar que vamos nos casar com 28 mesmo estando solteiros aos 27, acaba nos influenciando em tomarmos decisões precipitadas.

É comum ficarmos em dúvida entre seguir a carreira jurídica para a felicidade do pai, ou realizar nosso desejo de cursar a super descolada publicidade. Ficamos com dois corações, a razão e a emoção juntas lado a lado esperando que decidimos por uma delas. Pronto, decidido: direito! E lá vai aquele jovem dar inicio a uma nova fase, sem a plena certeza de que era isso que de fato gostaria, mas até que se prove o contrário decidido.
O que mais influencia uma escolha a ser precipitada é o fato de não investigarmos as duas partes, é necessário irmos a fundo e colocar na balança os prós e os contras. Muitas vezes já chegamos com os pré conceitos prontos em relação a ela e achamos que não vai dar certo sem ao menos termos nos permitido experimentá-la. Quer um exemplo: "Nunca vai dar certo ficar contigo, por que tu gosta da vida agitada e eu sonho em morar no mato". De fato um pode gostar de coisas opostas ao gosto do outro, mas isso é motivo para descartar e não tentar?!
As vezes aquilo que de longe parece que não vai dar certo, de perto acaba no mínimo se tornando um encontro entre dois mundos que apesar de opostos se mostraram flexíveis e adaptáveis para que dê certo algo que é desejo dos dois: estar junto!
A pior e mais comum das situações é ficar em cima do muro, sem saber para que lado saltar. Uns querem publicidade, mas dão inicio a faculdade de direito e vão levando até onde dá. Neste caso há duas soluções: tranca de uma vez este curso que não está te deixando plenamente satisfeito e faz o que de fato gostaria de ter feito, mas não teve coragem de iniciar. Ou vá em frente no curso de direito te dedica a cada instante desta fase que estás vivendo depois decida se quer dar continuidade, fazer um pós e quem sabe tornar-se um magistrado.
Podemos trocar publicidade e direito por Joana e Maria, ou por João e José, ou até mesmo por casar ou comprar uma bicicleta! Cada um sabe o que tem do outro lado do seu muro.

Porém a melhor maneira para decidir de que lado do muro se deve ficar é saltando para um dos lados e se permitindo descobrir o mesmo. Mas veja bem se esse lado não for a Disneylandia é bom que leve na mochila respeito, atenção, transparência e sinceridade. Quando se encontrar em um dos lados não chegue anunciando que estás a passeio, mas sim afirmando que permitiu-se conhecer de perto aquilo que de longe encanta e esteja de coração aberto para o que vais receber.
Só poderá descobrir se será um bom domador aquele que entrar na jaula e encarar os leões. Olhando do lado de fora é imaginando ninguém vive nem conclui nada.

E o mais importante depois de decidir, é que estejas consciente das suas responsabilidades perante as suas escolhas e também das suas renúncias.
E ai? Pronto e consciente do seu salto?

3 comentários:

  1. Eu? Prontíssima!
    hahaha

    acho que tem gente que merece ler esse texto!
    hehe

    adorei!
    bj bj da Luri

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  2. Texto perfeito!!
    Me identifico bastante. Estou literalmente em cima do muro!

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  3. Esse muro imaginário é só desculpa para apatia, medo. O exercício da liberdade precisa ser contínuo em oposição ao sentido mais estrito do sofrimento, ou seja, ficar "acorrentado". Viver não exige força, exige graça, saber viver, como diriam os franceses. Principalmente: não cobre dos outros aquilo que não podes oferecer. Bjinhos e carinhos

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